Vacinas salvam vidas: Caratinga inicia campanha de imunização contra a gripe

De acordo com o Ministério da Saúde, o imunizante distribuído na rede pública protege contra um total de três vírus do tipo influenza e garante uma redução do risco de casos graves e óbitos provocados pela doença

CARATINGA – “Vacina não causa doença. Pelo contrário, ela protege”, reforça Bruno Albano, coordenador municipal de imunização de Caratinga. A campanha nacional de vacinação contra a gripe começou nesta segunda-feira (7), e tem como objetivo principal proteger os grupos mais vulneráveis, reduzir complicações respiratórias e salvar vidas.

Segundo Bruno, a imunização é uma das formas mais eficazes de prevenção e, a partir deste ano, crianças de até cinco anos, gestantes e idosos passam a ter a vacina da gripe disponível durante todo o ano, não apenas no período da campanha.

“É um prazer estar falando sobre essa campanha, que é uma campanha a nível nacional. Hoje (ontem) dá início a campanha. Para alguns grupos, a vacina está disponível todo ano. A partir deste ano, os grupos de crianças até 5 anos de idade, gestantes e idosos passam a ter a vacina incorporada à rotina, ou seja, estará disponível ao longo de todo o ano”, explicou.

Apesar disso, o coordenador alerta sobre a baixa adesão em campanhas anteriores e a persistência de mitos em torno da vacina da gripe.

“Algumas pessoas falam: ‘Ah, não vou vacinar porque vou gripar’. Isso é um mito. A vacina não causa doença. É importante frisar que estamos vivendo um momento de baixas coberturas vacinais, o que é preocupante. Somos totalmente a favor da vacinação — ela deve acontecer sempre”, enfatizou.

Bruno também mencionou a importância da vacina diante de surtos recentes, como os casos de febre amarela registrados no sul de Minas e em São Paulo.

“Principalmente a febre amarela humana acontece em decorrência da falta de vacinação. Isso mostra como a hesitação vacinal pode trazer consequências graves”, alertou.

A vacina oferecida é a trivalente, fabricada pelo Instituto Butantan, reconhecida pela eficácia e segurança.

 

Onde se vacinar?

Todas as unidades de saúde com sala de vacina estão preparadas para receber os grupos elegíveis. Os horários de atendimento variam conforme o programa “Saúde na Hora”:

Unidades de Saúde: das 7h às 21h

Demais unidades (urbanas e rurais): das 7h às 16h (sem fechar para o almoço)

Bruno finaliza com um apelo à população: “O objetivo da campanha é claro: reduzir complicações, internações e mortes por infecções respiratórias. Por isso, é essencial que todos os grupos prioritários compareçam às unidades e se vacinem.”

Grupos prioritários

A meta é imunizar 90% dos chamados grupos prioritários, que incluem crianças de 6 meses a menores de 6 anos, idosos e gestantes. Também podem receber a dose:

– trabalhadores da saúde;

– puérperas;

– professores dos ensinos básico e superior;

– povos indígenas;

– pessoas em situação de rua;

– profissionais das forças de segurança e de salvamento;

– profissionais das Forças Armadas;

– pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (independentemente da idade);

– pessoas com deficiência permanente;

– caminhoneiros;

– trabalhadores do transporte rodoviário coletivo (urbano e de longo curso);

– trabalhadores portuários

– funcionários do sistema de privação de liberdade;

– e população privada de liberdade, incluindo adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (com idade entre 12 e 21 anos).

 

Proteção

De acordo com o Ministério da Saúde, o imunizante distribuído na rede pública protege contra um total de três vírus do tipo influenza e garante uma redução do risco de casos graves e óbitos provocados pela doença.

Em 2025, a dose contém as seguintes cepas: H1N1, H3N2 e B. A administração, de acordo com o ministério, pode ser feita junto com outras vacinas do Calendário Nacional de Vacinação.

Doses

Para a vacinação deste ano, a pasta adquiriu um total de 73, 6 milhões de doses. No primeiro semestre, 67,6 milhões de doses devem ser distribuídas para as regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. No segundo semestre, 5,9 milhões serão enviadas para o Norte.

 

Inverno amazônico

A campanha, este ano, será realizada em dois momentos:

– primeiro semestre (março/abril): nas regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul

– segundo semestre (setembro): na Região Norte, alinhando-se ao período de maior circulação viral na região, o chamado inverno amazônico.

 

Eficácia e segurança

Ainda de acordo com a pasta, a vacina contra a gripe é capaz de evitar entre 60% e 70% dos casos graves e dos óbitos relacionados à doença.

O imunizante é contraindicado para crianças menores de 6 meses e pessoas com histórico de anafilaxia (reação alérgica) grave após doses anteriores.

 

Cobertura

Em 2024, a cobertura vacinal contra a gripe entre os públicos prioritários foi de 48,89% na Região Norte e 55,19% nas demais regiões.

“O Ministério da Saúde reforça a importância da vacinação e conta com a participação de toda a população. Vacinar-se é um ato de cuidado próprio e coletivo. As vacinas são seguras, eficazes e gratuitas.”

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