Sara e Giovani, coordenadores do “Casados para sempre” de Inhapim
Formada mais uma turma do ministério “Casados para sempre” em Inhapim
INHAPIM – Os últimos números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) dão conta de que, após registrar taxa de divórcios recorde em 2011, o Brasil apresentou em 2012 o primeiro recuo no número de dissoluções matrimoniais desde a mudança na Constituição que, em 2010, facilitou o processo.
Segundo a pesquisa, em 2012 o país registrou 341.600 divórcios concedidos em primeira instância e sem recursos ou por escrituras extrajudiciais. O número representa redução de 1,4% em relação a 2011, quando haviam sido concedidos 351.153 divórcios.
A taxa geral de divórcio no país era de 2,5 para cada mil habitantes, contra 2,6 em 2011. Naquele ano, houve crescimento de 45,6% em relação a 2010, quando haviam sido registrados 243.224 divórcios.
Para reverter esses dados alarmantes, há quem acredite que as mudanças devem começar pela fé. Por isso as pessoas têm se organizado em grupo de casais, buscando reduzir o número de divórcios e promover uma nova descoberta do casamento: a de um diálogo com Deus. A procura por este método tem crescido nos últimos anos.
E é com esse pensamento que Inhapim se uniu ao ministério “Casados para sempre”. A formatura da quarta turma desde a fundação aconteceu no sábado, 29 de novembro.
De acordo com Edvaldo Ribeiro, coordenador regional do “Casados para sempre”, o ministério surgiu a partir de uma necessidade compartilhada entre os evangélicos. “As igrejas evangélicas têm visto que o inimigo de nossas almas têm destruído famílias. Ele é muito astuto, sábio, então ele faz, destrói a família, porque aí o resto já está destruído”.
Edvaldo destaca que o movimento é internacional e surgiu a partir de um casal chamado Mike e Marilyn Phillippse, nos Estados Unidos, em 1983. “Esse casal viveu uma vida em algo que não condiz com a realidade do casamento. Os dois separaram e viveram a vida longe um do outro, até se envolveram em outras vidas, a ponto de pastores evangélicos falarem para eles que não tinha jeito mais. Até que a mulher pensou: “Não tem como, Deus precisa me ajudar nisso”. Então buscaram, joelho no chão, oração, pedindo ao Senhor para acertar o casamento deles, onde eles reataram novamente e hoje estão vivendo uma vida de casado maravilhosa na presença do Senhor. Eles então fundaram esse ministério Casados para Sempre que hoje existe praticamente no mundo inteiro”.
Ao todo, foram dez casais formandos
Quanto ao crescimento do ministério na região, Edvaldo se mantém otimista e satisfeito com os resultados alcançados. “Tenho uma expectativa muito grande em relação a esse crescimento do ministério na região, em função do trabalho que estão apresentando. Cada turma tem cinco casais com um líder em treinamento e um líder de grupo, então sete casais no total. Creio que isso vai acontecer pra vida inteira. Vai aumentar ainda mais os casais, porque tem outras igrejas na região formando outras turmas.”
Cláudio Giovani de Souza é líder do “Casados para sempre” de Inhapim. Com satisfação, ele lembra que foi a partir de um momento de instabilidade, que ele sentiu a necessidade de buscar outros meios para salvar o seu casamento. E também foi assim que ele se uniu ao ministério. “É Deus nos honrando a cada dia porque quando eu e minha esposa nos restabelecemos, foi um problema que pedimos uma solução a Deus. Fomos casados 14 anos, divorciamos e ficamos quatro anos separados. Quando a gente voltou, decidiu trabalhar com famílias, mas de que forma ainda não sabia. Nós pensamos que aonde a gente soubesse que tivesse um casal querendo se separar, a gente ia para lá. Nós só restabelecemos com esse propósito. Fomos convidados um dia para participar de um retiro na Igreja Batista Vila Celeste, ouvimos falar de “Casados para sempre,” nos convidaram para cursar e gostamos. Vimos que tinha todas as ferramentas que precisávamos para atuar com famílias. Começou com uma turma em 2013 e estamos na quarta turma. Que Deus continue honrando a cada dia, multiplicando a cada dia”.
Diante do aumento da demanda, será preciso ampliar o número de líderes de grupos, um desafio para a coordenação. “A expectativa é de muita responsabilidade, eu e minha esposa não vamos dar conta de dar o curso a todos os casais que estão nos procurando, ou seja, temos que trabalhar lideranças, o que não é coisa fácil. A liderança pra ser preparada já tem que dar bom testemunho na sociedade, dentro da sua igreja, o casal que o pastor tem confiança. São essas pessoas que nós formamos para liderar, acompanhar o dia a do casal e a sua evolução. Quem quiser participar basta procurar o Giovani e a Sara, minha esposa”.
Os coordenadores regionais do curso
Reforçando os frutos gerados pelo curso, casados há dois anos, Heldécio Luiz da Silva e sua esposa acabam de se formar. O casal é católico, mas Heldécio faz questão de afirmar os benefícios da busca do fortalecimento do casamento pela fé. “A sensação é de estarmos começando praticamente um curso novo: a prática. Formar no “Casados para sempre” é ter aquela sensação de experimentar a graça de Deus na nossa vida, na minha vida e na vida da minha esposa, que é a Joelma, compreendendo de uma forma muito mais tranquila com os embasamentos bíblicos, as experiências de vários casais que participam com a gente, dessa benção de Deus, na graça de ser uma única carne na presença e com a minha esposa”.
Heldécio deixa um recado para os casais que pretendem se juntar ao ministério de Inhapim e as lideranças que desejam levar o curso para outras cidades. “Nós encontramos os meios de comunicação que proporcionam um mau entendimento do casamento, às vezes eles forçam um casamento como apenas festa. Façam o “Casados para sempre” porque aí vão entender o sentido de viver uma só carne. Não é fácil, mas não existe facilidade na vida. Agora, com a presença de Deus, todas as dificuldades tornam-se mais tranquilas, porque o próprio Deus que vai nos dizer. Ele não nos deixa só nas dificuldades, Ele nos ajuda, está sempre com a gente. É uma ferramenta necessária e básica para todo casal”.
