Bom Jesus do Galho, Córrego Novo, Dom Cavati, Inhapim e Santa Rita de Minas registraram casos em 2023
DA REDAÇÃO- O Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) está reforçando a importância do diagnóstico precoce e do tratamento para a hanseníase, disponíveis pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
A hanseníase é causada pela bactéria Mycobacterium leprae, transmitida por meio das vias respiratórias (fala, tosse ou espirro) e atinge a pele e os nervos periféricos como os das mãos e pés, causando a perda de sensibilidade da pele. Se não for tratada, pode evoluir para o comprometimento severo dos movimentos dos membros.
Nos últimos três anos, foram diagnosticados em Minas Gerais uma média de 1.339 novos casos da hanseníase por ano, o que demonstra que há transmissão ativa da doença no estado.
A doença pode acometer pessoas de todas as idades e ambos os sexos. A concentração dos casos está em pessoas com idade entre 40 e 59 anos e quase a metade dos casos já apresentava alguma incapacidade física no momento do diagnóstico (alteração de sensibilidade ou deformidade). Também foram registrados casos de hanseníase em crianças e adolescentes menores de 15 anos de idade, neste período.
No estado de Minas Gerais, entre os anos de 2018 e 2020 houve tendência decrescente de notificação de casos de Hanseníase, com leve aumento em 2021.
Na regional de Coronel Fabriciano essa tendência foi mais acentuada na microrregião de Caratinga, enquanto na microrregião de Ipatinga, a diminuição foi mais sutil. Na microrregião de Coronel Fabriciano/Timóteo houve decréscimo no ano de 2019, com recuperação em 2020 e nova queda em 2021.
Em 2021 houve aumento de detecção de casos de Hanseníase no estado de Minas Gerais, o que não refletiu nas microrregiões da SRS de Coronel Fabriciano.
Já no ano de 2023, 41 casos foram registrados na regional de Coronel Fabriciano, destes, em Bom Jesus do Galho (4), Córrego Novo (2), Dom Cavati (1), Inhapim (4) e Santa Rita de Minas (1).
PERGUNTAS E RESPOSTAS
A hanseníase é uma doença contagiosa?
Sim. A transmissão se dá pelas vias respiratórias por meio do convívio prolongado com uma pessoa da forma contagiosa sem tratamento. Embora muitos possam se infectar, poucos adoecem, pois 90 a 95 pessoas em cada 100 têm resistência natural contra a doença.
Quais são os principais sintomas?
A hanseníase inicia-se, em geral, com manchas brancas, vermelhas ou marrons em qualquer parte do corpo, mas, são manchas com características especiais, pois apresentam alterações de sensibilidade à dor, ao tato e ao quente e ao frio. Podem aparecer também áreas dormentes, especialmente nas extremidades, como mãos, pernas, córneas, além de caroços, nódulos e entupimento nasal.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico de caso de hanseníase é essencialmente clínico, realizado por meio de avaliação dermatológica, em que se inspeciona toda a superfície corporal, avaliando alterações de sensibilidade à dor, ao toque, ao quente e ao frio; além de avaliação neurológica, que consiste na palpação dos nervos periféricos, além da avaliação sensitiva-motora das mãos, pés e olhos.
Como é o tratamento?
O tratamento está disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS), e é feito com medicamentos orais. É feito durante 6 a 12 meses, dependendo da forma clínica. O paciente deve comparecer mensalmente ao serviço de saúde, para ser examinado, receber a medicação e orientações.
Há algum grupo de risco para essa doença?
A hanseníase acomete indivíduos de todas as idades e classes sociais, porém é mais frequente nos territórios de maior vulnerabilidade social. Há risco maior de infecção também entre entre pessoas que convivem no mesmo domicílio e/ou mantêm contato próximo e prolongado com o caso de hanseníase que não tenha iniciado tratamento. É muito importante, portanto, especial vigilância em relação aos contatos domiciliares da pessoa acometida pela hanseníase.
Existe uma forma de prevenção?
A principal forma de prevenção é o diagnóstico precoce, com início do tratamento. Iniciado o tratamento, a pessoa deixa de transmitir a doença.
Casos de hanseníase registrados em municípios da regional de Coronel Fabriciano em 2023