Sendo como uma Criança
Acho que eu já deveria ter aprendido!
– Aprendido, o quê?
– A perdoar!
De fato, hoje – dia 19 – estou completando 60 dias no meu novo ano de número sete-oito. E ainda não aprendi a perdoar. Me sinto envergonhado!
A leitura bíblica de hoje que minha mulher e eu fazemos todas as manhãs antes de tomarmos o café – que pode até ser bem cedo: hoje foi às 4:50 – é do livro de Lucas no capítulo 6, os versículos 24 a 37.
Essas palavras do sermão de Jesus (na montanha) são incríveis, e eu acho que são muito difíceis de cumprir.
Por exemplo:
Ame seus inimigos, faça o bem a quem lhe odeia, abençoe quem lhe amaldiçoa e ore por quem lhe maltrata…
Dê a todos que lhe pedem; e quem tirar o que é seu, não peça de volta.
O que você quer que as outras pessoas façam com você, faça o mesmo com elas.
Mas eu queria destacar mesmo é o v. 37:
NÃO julguem, e vocês NÃO serão julgados; NÃO condenem, e vocês NÃO serão condenados; PERDOEM, E VOCÊS SERÃO PERDOADOS.
Você está vendo a lógica de Jesus neste verso?
Em ligeira análise, isso é uma forma de ser proativo nos relacionamentos: não faça isso, e, assim, isso também não vai acontecer a você!
Os três verbos – julgar, condenar, perdoar – pertencem à uma mesma situação: quando eu julgo, eu condeno e a única saída que tenho é perdoar. Caso contrário, estou correndo o risco – não, pior: com certeza isso irá acontecer comigo exatamente nessa sequência: ser julgado, condenado e não perdoado.
Então, para perdoar alguém, preciso exercitar o não-julgar e o não-condenar. Positivamente, preciso – de antemão – ACEITAR (outra forma de dizer AMAR) a pessoa que está fazendo algo errado e não a condenar.
Como isso é difícil!
Pois temos os princípios, leis – mesmo as leis dadas por Deus, os Dez Mandamentos, para nos guiar e nas quais até mesmo a constituição dos países livres, democráticos e – claro – todas as igrejas, e famílias se basearam e AINDA SE BASEIAM!!??
– Como assim não julgar, não condenar – se é ele/ela que quebrou a LEI?
Sabe, caro leitor, estou escrevendo isso hoje, pois estou cansado de condenar alguém que eu amo muito!!! E estou com muita dificuldade de perdoar essa pessoa. Em outras palavras, eu a estou julgando, e condenando – e eu sei: estou me colocando debaixo de julgamento e condenação.
– Não, não desejo isso para mim nessa minha idade! Desejo usufruir da paz, na alma, no espírito, na minha mente – só assim poderei viver não somente os anos que meu Criador tem destinado para mim, mas principalmente, NÃO VIVER AMARGURADO, E TRATAR TODO MUNDO COM IMPACIÊNCIA, COM SENTIMENTOS RUINS! Não quero isso em minha vida, não!
Opa! Sabe o que me veio à minha mente agora? Isso:
– Comece a falar o que Jesus disse para fazer: você não deve julgar, condenar…
– OK. Vou fazer já. Aqui vai: … (Fulano/a), eu não te condeno, eu não te julgo. Eu amo a você, eu perdoo a você – Querido/Querida!.
Pergunta: – E o que eu faço se aqueles pensamentos ruins voltarem?
– Repita o mesmo processo, até que você quebrou o hábito!
Ah, então é isso: existem hábitos maus = isto é, vícios, também na área do pensamento, e que podem ser PIORES que os outros que comumente chamamos de “vícios”!
– Isso: você tem de quebrar o vício de julgar e condenar seu próximo, e vê-lo sempre com bons olhos.
– Aprendeu, Rudi?
– SENHOR, TEM MISERICÓRDIA de mim! PRECISO MUITO DE TUA AJUDA NESSA ÁREA. E muito obrigado, Jesus, pelo teu exemplo de perdoar e até de abençoar os teus inimigos, teus algozes – ali na cruz onde te pregaram!
– Ajuda-me, Senhor, a ser essa pessoa simples, como uma criança – sincero, e que ama de verdade!
Rev. Rudi Augusto Krüger – Diretor, Faculdade Uriel de Almeida Leitão; Coordenador, Capelanias da Rede de Ensino Doctum – UniDoctum; E-mail: [email protected]