Menino de nove anos é estuprado pela própria mãe e diversos homens em noite regada a drogas e álcool
CARATINGA – Um caso que causa pavor e revolta foi registrado na noite desta quarta-feira (11) pela polícia e pelo Conselho Tutelar, no bairro Anápolis. Uma criança de apenas nove anos, teria sido alvo da irresponsabilidade e da crueldade da mãe e de outros homens que se reuniram em sua casa para usar drogas e praticar sexo. Num ambiente onde a irracionalidade tomou conta, em determinado momento, a criança foi estuprada e teve a pele queimada por cigarro. A mãe ainda teria participado de todo ato.
A Polícia Militar teve informações do abuso sexual e então foi ao local. O menino contou que sua mãe, Michele Aparecida Braz, de 26 anos, teria permitido que diversos homens fossem para sua casa onde passaram a consumir álcool e drogas e que em determinado momento, teriam começado a fazer sexo.
Não bastasse a criança ser obrigada a ver as cenas de sexo, ela foi abusada por todos os homens que ali estavam e inclusive pela sua própria mãe. O menino contou à polícia que não é a primeira vez que sofreu este tipo de abuso.
O garoto foi encaminhado a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e passou pelo médico legista, que através de exames confirmou a violência sexual.
A PM prendeu os suspeitos Michele e o namorado Luiz Fernando Abranches Rodrigues de Oliveira, 24, e os conduziu para Delegacia de Polícia Civil.
MENINO CHEGOU A SER QUEIMADO COM CIGARROS
O delegado Almir Lugon que estava de plantão, conversou com a reportagem policial. Segundo ele, os dois presos negaram o crime, mas a criança conseguiu relatar com detalhes o sofrimento que passou.
Conforme Lugon, o menino reiterou que além de estuprado pela mãe, foi obrigado a fazer sexo com vários homens que estavam na casa. “Os abusos foram constatados em laudo médico demonstrando não só a conjunção carnal, mas marcas de queimadura de cigarro que a criança recebeu dos autores e disse ainda que não foi a primeira vez que aconteceu”, disse o delegado.
Ainda segundo o delegado Almir, “a criança contou que já foi em prostíbulos com a mãe e teve que aguardar ela manter relações sexuais com outras pessoas”.
CONSELHO TUTELAR
A reportagem policial também entrou em contato com o Conselho Tutelar para saber quais as providências estão sendo tomadas em relação à criança. Como o caso é sigiloso, o local para onde o menino foi levado não pode ser revelado para sua segurança. Integrantes do Conselho Tutelar, que preferiram não revelar o nome, disseram que a criança está protegida e todas as providências em relação ao caso estão sendo tomadas.
A FAMÍLIA DO GAROTO
A reportagem esteve na tarde desta quinta-feira (12) com o pai do menino, Maxuel Rodrigues Cândido e com a madrasta, Thaís de Paula Pereira Rodrigues. Bastante abalados, Thaís contou que o menino chegou em sua casa de bicicleta e estava sozinho, o que ele nunca tinha feito. O garoto procurava pelo pai e falou que sua mãe estava o estuprando e que iria à delegacia para denunciar. A madrasta chegou a imaginar que fosse mentira, mas quando percebeu que não era, ligou para sua cunhada e então resolveram procurar o Conselho Tutelar. Segundo Thaís, além de ser abusado sexualmente, o menino contou também que apanhava muito da mãe e já chegou a ser pisado por ela.
Ainda de acordo com Thaís, as conselheiras levaram o garoto à delegacia e depois para UPA, onde todos os exames constataram que o garoto foi abusado.
Maxuel disse que o filho nunca havia dito nada antes, pois tinha medo da mãe. “Ele já tinha pedido para morar comigo e eu já tinha pedido no Conselho e agora mesmo que vou lutar pela guarda dele”. Thaís comentou que pedirá que um psicólogo acompanhe não só o garoto, mas a ela e ao pai também, pois estão completamente chocados com tudo que aconteceu e nem sabem como agir daqui pra frente.