COLUNA ABRINDO O JOGO

Superintendente: Hora de avaliar

        No início do ano que vem, irei completar 25 anos de atuação na cobertura esportiva regional. Carteira profissional assinada em 01 de julho de 1996 no Grupo Sistec. Ao longo dessas duas décadas e meia, pude acompanhar o trabalho de diversas administrações. Todos deixaram legados e deram suas contribuições para o fomento do esporte em nosso município. Uns mais que outros é verdade. Mas, de alguma forma todos deixaram sua marca. O esporte depende muito da visão, e da vontade política do administrador. Se ele enxerga como sendo algo importante, coloca à frente da pasta alguém com competência reconhecida, de preferência com formação técnica. Além disso, dá ao escolhido condições mínimas e autonomia para atuar. Por outro lado, se o prefeito enxerga esporte como algo “menos importante” vê no setor apenas uma oportunidade para cumprir um compromisso político assumido durante a campanha, a tendência é entregar a pasta a qualquer um. Nos últimos anos, tenho observado que o critério técnico tem sido seguido. Porém, quando se trata de administração pública, outros componentes entram em jogo: desempenho político junto ao grupo, vaidade, ambições pessoais, e obviamente caráter. Muitas vezes, o cenário extremamente hostil acaba “engolindo” até os mais competentes.

 

João foi aprovado

        Superintendente é um cargo que até o atual governo não existia na estrutura administrativa no setor esportivo. Só por isso, tende a causar em alguns casos certa dificuldade de compreensão dentro da equipe já existente. Clayton Rocha ocupou o cargo no começo da gestão, dando lugar ao atual superintendente, o critério de formação acadêmica então continua valendo Não se pode dizer que João não seja qualificado para o cargo: Licenciatura e bacharel em Educação Física, Pós-graduado em treinamento desportivo, treinamento de força e recuperação em lesões e traumas, Pós-graduando em Gestão Pública e Marketing, curso técnico em treinamento e tática de futebol, fazem parte do currículo do superintendente. Na minha humilde opinião, João tem feito muito bom trabalho diante das condições apresentadas. Obviamente sempre teremos pontos positivos e negativos a serem destacados. Eu mesmo já discordei dele em algumas situações. Nem todos terão a mesma opinião sobre seu desempenho, principalmente quem por algum motivo não teve seu pleito atendido. Porém, é preciso lembrar que administração funciona como uma engrenagem. O cargo de superintendente é similar ao do técnico de futebol: Traçar estratégia, planejar, coordenar, cobrar resultado da equipe, motiva-la. Enfim, cargo de liderança. Entretanto, neste caso ainda existe o componente político que muitas vezes acaba se chocando com as propostas técnicas. Ao longo de todo o tempo que ocupa o cargo, duas críticas não podem ser feitas ao superintendente, acessibilidade e bom ouvinte são características importantes que tem demonstrado. Com humildade, tem sabido ouvir e receber ás pessoas. Embora sua equipe não tenha sido escolha sua, já que chegou em meio ao mandato, pelo que tenho acompanhado, todos que trabalham com ele tem tido total liberdade e apoio para desenvolver ações inerentes ao departamento de cada um. Por falar em ações, mesmo diante de diversas dificuldades, recursos escassos, João e sua equipe tem trabalho a apresentar: Copa Distrital, Jogos Estudantis, manutenção e ampliação do Bolsa Atleta, Projeto Movimente que é um grande sucesso, Ruas de Lazer em datas comemorativas, Jogos Escolares de Minas. Além disso, apoio aos Campeonatos Regionais da Liga Caratinguense de Desportos, inclusive as competições de base quando promovidas pela LCD. Transporte para equipes em competições esportivas em diversas regiões, sem falar nos apoios aos torneios de bairros como na Comunidade Santa Isabel e Portelinha por exemplo.  Mesmo com tudo isso, é consenso que sempre se pode melhorar. Portanto, questionar e criticar o desempenho do superintendente e sua equipe não é proibido. Porém, tenho percebido que alguns casos, são questionamentos e críticas movidos por outros interesses que não o esporte. Sem falar que alguns ultrapassam o limite da crítica e passam a fazer ilações sem fundamento ou conhecimento de causa. O famoso “ouvir dizer e estão falando”. Outros, contam com a falta de memória de muita gente para posar de “solução para todos os problemas”.

Não tenho por habito dizer uma frase que muitos adoram usar: Se fosse eu faria isso, aquilo, aquilo outro. Primeiro porque não estou no lugar dele, segundo que se estivesse, provavelmente não faria muita coisa que penso. Não tenho a pretensão de dar conselhos a ninguém, mas se pudesse falar algo para João, seria: Na vida, ás vezes não temos que nos preocupar com quem não gosta da gente, temos mesmo que tomar muito cuidado com aqueles que fingem gostar.

Rogério Silva

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