CARATINGA – A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) divulgou, nesta terça (7/11), os resultados do terceiro Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LirAa/LIA) de 2023. A pesquisa foi realizada junto aos municípios mineiros entre 7 e 25 de agosto, como parte da estratégia de monitoramento e controle do mosquito transmissor dos vírus causadores da dengue, chikungunya e zika.
De acordo com os dados enviados à SES-MG por 798 municípios mineiros, 648 deles apresentaram o Índice de Infestação Predial pelo Aedes Aegypti (IIP) igual ou menor que 0,9 e, por isso, receberam a classificação satisfatória, indicando situação de baixo risco de transmissão de arboviroses. É o caso de Caratinga, que obteve o índice de 0,4. Há 144 municípios em situação de alerta e seis permanecem em situação de risco, com IIP maior que 4,0.
Infestação nos recipientes
O LirAa possibilita identificar também quais são os recipientes em que o mosquito está procriando, por meio do Índice por Tipo de Recipiente (ITR), que indica o percentual de cada reservatório onde foram encontradas larvas de Aedes.
De acordo com os resultados do terceiro levantamento de 2023, os recipientes infestados com maior frequência em Minas foram os depósitos móveis como vasos ou frascos, pratos de plantas, bebedouros, materiais em depósitos de construção, entre outros, somando 39,2%. Em segundo lugar, ficaram os depósitos utilizados no armazenamento de água para consumo humano ao nível do solo, como tonéis, tambores, barris, filtros etc. com 22,9%. Os depósitos fixos, tais como tanques em obras, borracharia ou horta, calhas, lajes, sanitários, piscinas ou ralos, apareceram em terceiro lugar no ranking, com 17,3%.
Lixo, sucata, entulho e os pneus e outros materiais rodantes representaram 10,1% e 5,2%, respectivamente. Os tipos de recipientes menos infestados foram os depósitos de água elevados (caixa d´água, tambor, depósitos de alvenaria etc.), com 3,5%, e os depósitos naturais (bromélias, ocos de árvores e de rochas etc.) representando apenas 1,8%.
O serviço de Zoonoses são os responsáveis por transpor as informações provenientes do ITR do seu município para o trabalho de campo de forma a direcionar os métodos de controle, os insumos necessários e a força de trabalho dos agentes de combate a endemias, conforme a situação da infestação em cada território.
Os índices do LirAa/LIA servem como subsídio para as ações de controle vetorial em cada município, desde que os resultados da sua análise sejam entendidos e aplicados na menor unidade territorial, ou seja, por extrato, por bairro e por município.