CARATINGA – A Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (APAC) está comemorando cinco anos de atendimentos em Caratinga. Durante este período, 406 homens passaram pela instituição, sendo que boa parte dessas pessoas conseguiu retomar suas vidas e manter-se longe do mundo do crime.
Durante essa semana várias atividades estão sendo promovidas para comemorar a data. E na noite desta quarta-feira (26), durante uma dessas atividades, o presidente da APAC, Elan Tebas, falou ao DIÁRIO. Segundo ele, são cinco anos de batalha por uma causa muito difícil, mas compensadora. “Comemoramos essa vitória. Mais de 400 homens já passaram pela APAC de Caratinga. E nós temos a certeza que destes, mais de 300 não voltaram a reincidir. Isso é muito bom. Nós queremos chegar a 90%, pelo menos, de não reincidência”, disse Elan Tebas.
A APAC de Caratinga tem capacidade para atender 120 pessoas, no momento atende a 116 condenados. Para Elan Tebas, o sucesso do trabalho da instituição está relacionado na forma de lidar com o apenado. “O indivíduo é orientado, repensa sua vida e volta para sociedade com outra cabeça, outro tipo de pensamento. Aqui na APAC oferecemos muitas atividades, o indivíduo trabalha, aprende artesanato, ora, brinca, joga bola e tem assistência à saúde. Aqui ele recebe condições dignas para cumprir a sua pena”, finalizou Elan Tebas.
O QUE É APAC
Associação de Proteção e Assistência ao Condenado – APAC – é uma entidade civil de direito Privado, sem fins lucrativos, com personalidade jurídica própria, dedicada à recuperação e reintegração social dos condenados às penas privativas de liberdade. Ela figura como forma alternativa ao modelo prisional tradicional, promovendo a humanização da pena de prisão e a valorização do ser humano, vinculada à evangelização, para oferecer ao condenado condições de se recuperar. Busca, também, em uma perspectiva mais ampla, a proteção da sociedade, a promoção da justiça e o socorro às vítimas.
Um dos fundadores da metodologia APAC é o advogado Mário Ottoboni, que em 1972 desenvolveu um trabalho junto aos presos da única cadeia existente em São José dos Campos/SP.