INHAPIM – A prefeitura de Inhapim realizou na tarde da última sexta-feira (8) a 8ª Conferência Municipal de Saúde, oportunidade em que o governo e a sociedade civil organizada puderam analisar os resultados e definir novos rumos da saúde pública inhapinhense.
Com o tema, “Fortalecer o SUS é Valorizar a Vida” os palestrantes se revezaram para esclarecer ao público acerca das políticas públicas que norteiam o Sistema Único de Saúde, tendo como eixo central o fortalecimento do SUS e a valorização da vida.
A mesa de abertura dos trabalhos da 8ª Conferência Municipal de Saúde foi composta pelo vice-prefeito Sandro Adriano (que na oportunidade representou o prefeito Marcinho), pela secretária de saúde Ana Elza Silva Araújo, pelo ex-secretário de saúde Flávio Henrique do Nascimento Moisés, pela coordenadora da atenção básica do município de Inhapim, Josiane Belo Flamini e pela presidente do Conselho Municipal de Saúde, enfermeira Ana Maria Gonçalves.
O vice-prefeito “Sandro da Saúde” disse que não há possibilidade de se desenhar estratégias para cumprimento do mandamento constitucional da “Saúde como Direito de Todos e Dever do Estado” sem partir dos impactos provocados pela pandemia da Covid-19. “O SUS é fundamental para a saúde e o bem-estar da população brasileira. É evidente que a saúde depende também da eliminação das desigualdades, do saneamento, da preservação do meio ambiente, de controle da violência, do transporte e da educação pública, do combate ao racismo e à opressão de mulheres. A efetivação do direito universal à saúde depende, centralmente, da democracia. Os objetivos da saúde universal e de qualidade associada ao SUS se deparam com barreiras e contradições no interior do próprio modelo de Estado, sociedade e de desenvolvimento do país. O enfrentamento da pandemia tem sido um desafio enorme em todo o mundo. No caso da América Latina, as respostas são ainda mais desafiadoras, seja pelas limitações de seus sistemas de proteção social, seja pelas características da inserção internacional de suas economias, seja ainda pelas imensas desigualdades sociais. O Brasil não foge à regra, embora, ao contrário da maioria dos países latino-americanos, disponha formalmente de um sistema universal de proteção social instituído pela Constituição Federal de 1988, que inclui o Sistema Único de Saúde (SUS)” comentou o enfermeiro e vice-prefeito Sandro da Saúde.
Sandro disse ainda que sem considerar os impactos provocados pela pandemia da Covid-19, não há possibilidade de se desenharem estratégias de fortalecimento desse sistema de proteção social de modo que venha a cumprir o mandamento constitucional da Saúde como Direito de Todos e Dever do Estado. “Alguns agentes políticos tentaram criar um dilema entre saúde e economia no momento de definir as estratégias de enfrentamento da pandemia. O SUS enfrentou, desde seus primórdios, crises de financiamento e de desenvolvimento, mesmo assim se tornou a mais importante instituição de cuidado à saúde da população brasileira. Com efeito, ao longo de três décadas, o SUS logrou importantes conquistas. Todavia, não conseguiu corrigir as iniquidades em saúde entre regiões, classes sociais, gêneros e etnias. O SUS contribuiu para melhorar a situação de saúde da população – medida por indicadores como mortalidade infantil, expectativa de vida ao nascer ou controle de doenças imunopreveníveis, mas não foi capaz de resolver problemas como as altas prevalências de tuberculose e hanseníase, hipertensão e diabetes. Houve expansão de serviços e ampliação da cobertura de ações, em especial na atenção primária à saúde, mas persistem dificuldades de acesso a serviços especializados. Mas também houve grandes avanços e pontos positivos, o SUS implantou ou ampliou programas de excelência como o Programa Nacional de Imunização, o Programa de DST/Aids, o Sistema Nacional de Transplantes, entre outros, mas convive com frequentes problemas de qualidade do cuidado, exemplificados pelo crescimento da incidência de sífilis neonatal ou pela alta proporção de partos cesáreos (a última registrada de forma ainda mais acentuada no setor privado)”.
Já a secretária de saúde Ana Elza Silva Araújo lembrou ao público presente que a 8ª Conferência Municipal de Saúde teve como objetivo promover um balanço das ações referendadas na 7ª edição, analisar pontos positivos e negativos e apontar novos caminhos que fortaleçam o Sistema Único de Saúde no município. “Hoje vocês estão reunidos aqui neste salão para avaliar, debater e encontrar soluções que melhoram a qualidade dos serviços de saúde prestados para toda população inhapinhense, conferindo seus resultados e traçando melhores rumos para as políticas públicas em saúde do nosso município” comentou.
Várias temáticas sobre saúde pública foram abordadas no evento, que teve como palestrantes o enfermeiro e vice-prefeito Sandro Adriano, o médico psiquiatra do Centro de Atenção Psicossocial de Inhapim – CAPS, Gustavo Fonseca Genelhú Soares.
Assessoria de Comunicação