Professores falam das experiências vivenciadas pelos alunos
DA REDAÇÃO – Alunos do curso de Química do Centro Universitário de Caratinga (UNEC) vivenciaram experiências acadêmicas extremamente relevantes para a formação profissional durante a participação no XXVIII Encontro Regional da Sociedade Brasileira de Química. Este ano o evento aconteceu em Poços de Caldas, sob a coordenação da Universidade Federal de Alfenas, entre os dias 10 e 12 de novembro.
Trata-se de um encontro anual que reúne pesquisadores das diversas áreas da Química: Sínteses e Química Orgânica, Química Analítica, Físico-Química, Química Ambiental e Ensino da Química; é um momento em que os químicos discutem assuntos associados à profissão: desafios no ensino da Química; questões ambientais, pesquisas sobre novos métodos de purificação e identificação de substâncias. “São assuntos que não se esgotam e contribuem para o bem-estar da sociedade, em termos de qualidade de vida, educação e também em temos de tecnologias que facilitam o dia-a-dia de muitas indústrias”, descreve a coordenadora do curso de Química do UNEC, professora Denise Souza.
Para profissionais da área, como docentes, pesquisadores, estudantes e técnicos, participar de um congresso deste porte, segundo analisa a coordenadora, é essencial para que se tenha contato com o compartilhamento de pesquisas, parcerias profissionais e formação de grupos de pesquisas.
“Temos a chance também de ouvir opiniões diferentes e divergentes com resultados que podemos discutir. Todo pesquisador expõe seus resultados, a fim de contribuir com o meio acadêmico. Em Congressos da SBQ temos a chance de ouvir um pouco sobre esses resultados e até mesmo aplicá-los em nossas pesquisas”, ressalta a coordenadora.
Alunos e professores do curso de Química do UNEC tiveram a chance de participar não apenas como ouvintes, mas também como apresentadores de trabalhos de cunho científico. “Foram enviados oito trabalhos, que foram aceitos em sua totalidade e apresentados na forma de banners. Todos foram muito elogiados pelos professores avaliadores e ouvintes do evento”, conta Denise.
A ‘Caravana de Química do UNEC’ contou com a participação das professoras Denise Ataíde de Souza Martins – coordenadora -, Kelle Gomes Cruz – orientadora de vários trabalhos apresentados – e onze alunos do curso: André Leite Martins, Daniel Batista, Eduardo Luiz Muniz, Elaine Cristina, Flávia Braga, Jéssica Shirley, Mateus Silva, Rosângela Batista, Estefani Chaves, Thamyres Medeiros e Wendel José.
“Para esses alunos o evento foi um marco na carreira estudantil, a começar pelo esforço e aprendizado para se realizar um trabalho científico, em nível de Congresso Regional, e também pela experiência compartilhada com outros estudantes de outras universidades que pesquisam temas semelhantes com vertentes distintas. Nossos alunos voltaram muito entusiasmados e confiantes de que realizamos um excelente trabalho e estamos no caminho certo para os químicos: pesquisas e divulgação”, avalia a orientadora Kelle.
Durante o Congresso foram estabelecidas parcerias importantes entre os acadêmicos do UNEC e a Universidade Federal de Viçosa. “Faremos uma visita em alguns laboratórios de lá. Alguns professores da UFV se interessaram também por alguns trabalhos de pesquisas que desenvolvemos aqui no curso de Bacharelado em Química, como uma aluna que pesquisa uma fórmula de um creme anti-acne”, anuncia.
“A estrela do UNEC brilhou mais uma vez neste evento tão significativo para a Química em Minas Gerais. Nossos trabalhos se destacaram pela importância em nosso contexto social e originalidade; pesquisamos assuntos diretamente relacionados com nossa sociedade, como a Análise físico-química e microbiológica que realizamos da água consumida no Hospital da cidade utilizando como diretriz a portaria 2914 de dezembro de 2011 da Anvisa, constatamos que a água é classificada como potável. Outro trabalho interessante foi sobre a qualidade da água do Rio Caratinga, que após análises, foi classificada como ruim, com pH muito baixo em torno de 4,0 e teores de sólidos muito acima das referências. Trabalhamos também com análise de pH de algumas amostras de solos de pequenos produtores de café da região, onde constatamos pH de neutro a ácido; análise de solo submetido a calagem com material sólido dentre outros”, finaliza a coordenadora Denise.