CARATINGA – Pelo quinto ano consecutivo, a Unidade Doctum Caratinga celebra mais uma vez o potencial de pesquisa e criatividade de seus alunos. Na última quarta, 19, salas de aula, auditório e pátio ficaram lotados pelos estudantes que apresentaram seus trabalhos em forma de artigos, resenhas, banners e inventos que chamaram a atenção pela engenhosidade.
O evento reuniu mais de 40 trabalhos de todos os cursos oferecidos na FIC, os quais foram escolhidos a partir dos Grupos de Leitura Supervisionada (Grules), que tem por finalidade oferecer ao acadêmico a produção do conhecimento científico através da pesquisa e do diálogo entre teoria e prática.
Os temas transitavam desde abordagens mais humanistas como as tratadas nos cursos de Direito e Serviço Social, a exemplo dos trabalhos “Problemas Sociais entre o Público e o Privado”, “Direito desportivo e a relação empregatícia” a trabalhos mais técnicos, porém não menos interessantes e relevantes como “Aquisição de dados analógicos/digitais”, “Modelagens para projetos de sistema de informação”, “Projetos Estruturais: galeria de arte”, de alunos dos cursos de Engenharia Elétrica, Ciência da Computação e Engenharia Civil, respectivamente.
Um dos trabalhos voltados para situações práticas foi a do grupo de estudantes de Engenharia Civil que trouxe à tona o tema “Análise estrutural em situação de incêndio: Edifício Joelma” – um estudo de caso do famigerado prédio que se tornou conhecido nacional e internacionalmente quando, em 1 de fevereiro de 1974, um incêndio provocou a morte de 191 pessoas e deixou mais de 300 feridas. Os estudantes concluíram que apesar de estar dotado de uma tecnologia de ponta para a época, o edifício não contava com sistema de incêndio e rota de evacuação adequados. “A partir desse desastre, que especialistas do país começaram a pensar em normas para prevenir incêndios” explica uma das alunas, Sabrina Pires.
Para Rodolfo Assis, coordenador de pesquisa da unidade, o Atelier visa estimular o aluno à leitura, além de desenvolver suas habilidades e competências para ser um sujeito produtor de conhecimento autônomo, mas profundamente conectado com a sociedade que o permeia. “Estimulamos nosso aluno a pesquisar para poder aprender; isso propicia a ele desenvolver sua autonomia em resolver problemas e questionar – o que é uma das maiores exigências da cidadania e de qualquer profissão atualmente”, pontua.
Criatividade impulsionando o conhecimento
O ponto alto da noite ficou por conta da animada competição de bate-estacas, realizada em frente o prédio da FIC, a qual reuniu estudantes de Engenharia Civil dos segundos períodos. Para o idealizador do concurso, professor Reginaldo Eustáquio, o objetivo principal era colocar em prática conceitos abordados em Mecânica (Física I). “Desde a primeira aula os alunos vêm se preparando entregando relatórios e análises conceituais”. As engenhocas construídas pelos estudantes simulavam o funcionamento de um bate-estaca, – equipamento utilizado para execução de fundações profundas em grandes construções, com um método no qual se finca estacas no solo.
Premiação dos Destaques
Um evento especial será realizado na quinta, 27, às 19h, no Casarão das Artes, para premiar os melhores trabalhos de cada curso e mais o vencedor do concurso de bate-estacas. Professores também receberão homenagem especial.