CARATINGA – A Cultura de Paz se constrói nas pequenas ações cotidianas, enquanto processo de construção coletiva. Esse é o pensamento da 6ª Superintendência Regional de Ensino (SRE) de Caratinga.
Com o objetivo de discutir a educação para a paz; sob a temática da mediação de conflitos, prevenção da violência e promoção de cultura de paz, a SRE promoveu o I Seminário Educação para Paz – “Conversas de justiça e paz”. O evento reuniu representantes de toda a jurisdição que abrange 24 municípios, sendo 91 gestores, professores, inspetores escolares, analistas, diretores e funcionários da SRE, secretários municipais e os diferentes atores da sociedade civil, representando os diversos órgãos e instituições numa discussão em prol de um objetivo comum: a disseminação da cultura de paz. A ação teve o apoio da Secretaria de Estado de Educação e da Magistra.
Para a superintendente Regional de Ensino, Beatriz Gomes, a educação é um dos meios fundamentais para a edificação da cultura de paz. “A mediação é apontada como um meio hábil a prevenir violências nas escolas; estimulando a participação ativa na resolução dos conflitos. A prática constante do diálogo e da resolução coletiva dos conflitos desenvolve o espírito solidário e propaga a semente da paz.”
Para a coordenadora do projeto Mediação de Conflitos, a inspetora escolar, Karina de Cassia Ferreira Lima, a mediação constitui uma ferramenta importante a ser utilizada pela escola, pois se fundamenta na prática dialógica. “No fortalecimento das relações e no empoderamento e promoção da justiça. Importante compreendermos que os conflitos não constituem obstáculos para paz, mas, potencial de desenvolvimento. Nesta perspectiva, a mediação, inserida no ambiente escolar, será um instrumento eficaz de construção da consciência cidadã, promoção da cultura de paz e combate à violência. A mediação é um método de tratamento e gestão sustentável de conflitos”.
Durante o evento foram realizadas palestras, sendo “Mediação de conflitos como técnica facilitadora do trabalho em rede: compreendendo as diferenças para transformar conflitos e prevenir violência” e “Noções gerais sobre técnicas de mediação de conflitos: estratégias práticas no planejamento de atividades”, ministrados pela defensora pública de Belo Horizonte, Francis de Oliveira Rabelo Coutinho; “Sistemas e ações de garantia de direitos da criança e adolescente”, ministrado pela promotora de justiça da 4ª Promotoria da Comarca de Caratinga, Flávia Alcântara e “Promoção da paz escolar e articulação em rede no contexto escolar”, ministrado pela defensora pública, Paula Ávila Dantas Brunner.
O evento contou ainda com apresentações artísticas das escolas Menino Jesus de Praga, com apresentação do coral; Dona Nhanhá, com apresentação de flauta por alunos e professores; do Córrego do Beija-Flor, município de Tarumirim, com um jogral sobre Mediação de Conflitos e texto do diretor Manoel Lucas apresentado pelos alunos.
Ainda foi feita uma homenagem aos participantes do Seminário pela equipe da SRE com a canção “A Paz”, uma celebração à semente da paz plantada nesse encontro, que foi finalizado com o “Chá da paz”.
A SRE faz um balanço das ações desenvolvidas acreditando que este é um trabalho diário. “O seminário foi bem aceito pelos participantes, que o avaliaram de forma positiva. Muitos solicitaram um novo encontro no início do ano para servir de suporte às escolas na implementação da Mediação de Conflitos”, afirma a equipe da SRE.
Para Karina, a mediação constitui um mecanismo a ser utilizado, pois prática dará condições de gerir de forma sustentável os conflitos existentes e consequentemente promover a cultura de paz. “Gerir de forma adequada os conflitos é antes acima de tudo buscar a paz. Nesse sentido lutaremos pela paz, entendendo-a enquanto prática social e de responsabilidade de todos. Todos pela paz, pois a paz é a gente que faz”.