CARATINGA – Os constantes acidentes envolvendo trabalhadores em obras de construção civil tem chamado atenção na cidade e estão na mira dos órgãos competentes.
A equipe de fiscalização da Gerência Regional do Trabalho e Emprego em Governador Valadares está atenta a estes acontecimentos e embargou seis obras que estão em andamento em Caratinga, sendo quatro totalmente e duas parcialmente paralisadas.
De acordo com o auditor fiscal do Trabalho, Carlos Fernando Lage Paixão, todas estas construções apresentavam falhas na segurança do trabalho, pela falta de medidas de proteção coletiva, o que impacta em grave e iminente risco. Considera-se grave e iminente risco toda condição ou situação de trabalho que possa causar acidente ou doença relacionada ao trabalho com lesão grave à integridade física do trabalhador.
Todos os trabalhadores contavam com os chamados EPIs (Equipamentos de Proteção Individual). Mas, Carlos Fernando salienta que isso não exclui a necessidade do uso dos Equipamentos de Proteção Coletiva. Trata-se de uma atuação em conjunto formando um sistema maior de segurança e proteção.
Dentre as obras atingidas pelo embargo, estão duas construções importantes no Bairro Santa Zita. Uma delas é a nova sede do Fórum Desembargador Faria e Sousa, que terá sete andares para abrigar as seis varas que compõe a comarca. A obra, que está em fase de acabamento, está prevista para ser inaugurada em agosto de 2016. O contrato tem o valor de R$ 18.274.177,03.
A outra é a agência modelo da Receita Federal, a primeira neste molde a ser edificada em Minas Gerais. O prédio está sendo construído num terreno cedido pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT). A obra, orçada em 2 milhões e 250 mil reais, deve estar finalizada em dez meses.
O auditor fiscal destaca que o prazo para que estas obras voltem ao pleno funcionamento depende inicialmente das próprias empresas, que devem apresentar um relatório técnico com as adequações necessárias. “Assim, haverá a suspensão parcial do embargo. Voltamos à obra e verificamos se realmente as medidas necessárias estão sendo cumpridas”.
Enquanto as empresas não providenciam o necessário para retomarem suas atividades, operários só podem trabalhar no andar térreo.