DOM CAVATI/CARATINGA – Um atentado contra a vida do sargento da PM Francisco Edvalter Neves, ocorrido na madrugada de ontem, chocou toda a região. O militar foi alvejado três vezes, sendo que um dos tiros acertou a cabeça do policial. O crime aconteceu em frente a um bar, localizado na Avenida Washington Luis, em Dom Cavati. A Polícia Militar, com apoio de agentes da Polícia Civil, agiu rápido e prendeu dois suspeitos: José Senna da Silveira, 63 anos, dono do bar onde estava sargento Edvalter; e Mivaldo Albino de Oliveira, 36, o ‘Guará’. Investigações preliminares apontam que José Senna seria o mandante e que Mivaldo seria o executor do atentado. Ambos foram presos e levados para a Delegacia de Polícia Civil, em Caratinga.
O ATENTADO
Uma testemunha relatou que o sargento Edvalter chegou ao bar às 20h de segunda-feira (17). Conforme apuração feita pela PM, por volta da 1h30 de ontem, dois indivíduos passaram em uma motocicleta. A pessoa que estava como carona efetuou seis disparos, sendo que três acertaram o sargento.
Sargento Edvalter foi atingido quando estava do lado de fora do bar, próximo ao seu carro. O militar, que trabalha em Caratinga, foi socorrido e encaminhado para o Hospital Márcio Cunha, em Ipatinga, onde passou por cirurgia. O seu quadro clínico é considerado grave.
PRISÕES
A Polícia Militar agiu prontamente e chegou até os dois suspeitos. O major Sérgio Renato, comandante da 22ª Cia PM, concedeu entrevista na tarde de ontem, onde tratou sobre este caso. Conforme explicou o oficial, sargento Edvalter estava de folga quando foi até a cidade de Dom Cavati. Ele confirmou que três disparos acertaram o militar e que seu estado de saúde era muito grave.
“Através de levantamentos conseguimos prender dois cidadãos suspeitos de envolvimento. Primeiramente prendemos o suspeito de ser o mandante, que é o proprietário do bar (José Senna). O outro detido (Mivaldo) é acusado de ser o executor”, informou o comandante.
Sobre a motivação do crime, major Sérgio Renato disse que os suspeitos estavam sendo ouvidos e que também testemunhas seriam ouvidas pelo delegado responsável pelo caso. “No presente momento não podemos adiantar a motivação para não cometermos nenhum tipo de equívoco. Inicialmente sabemos que a motivação não teria ligação com serviços da Polícia Militar. Então vamos aguardar os depoimentos das testemunhas para que o caso seja elucidado”, ponderou major Sérgio Renato.
A respeito das prisões de José Senna e Mivaldo, o comandante contou que uma série de evidências e contradições por parte dos suspeitos levou a essas detenções. “Temos conhecimento até de mensagens trocadas por celular que apontam essas evidências”, informou o oficial.
Segundo o oficial, José Senna tem uma vasta ficha criminal, incluindo homicídio.
Já o suspeito Mivaldo foi preso na zona rural de Dom Cavati. Na propriedade onde ele foi encontrado, a PM recolheu um revólver calibre 38 municiado com cinco cartuchos. A arma foi encontrada embaixo de um colchão. Ele teria dito aos militares que nesta segunda-feira (17) teria se encontrado com José Senna, tendo o dono do bar lhe passado dez cartuchos, porém Mivaldo não disse onde estariam os outros cinco cartuchos.
Um laudo da Perícia Técnica da Polícia Civil irá determinar se este revólver apreendido foi a arma usada no atentado contra o militar.
As investigações prosseguem para saber qual motivação e se há envolvimento de mais pessoas neste crime.