ALTO JEQUITIBÁ – Faleceu nesta quinta-feira (21), aos 94 anos, o engenheiro agrônomo Ruy Gripp (04/07/1931 – 21/08/2025). O velório acontece no Pavilhão da APCE, em Alto Jequitibá, das 12h às 17h. O sepultamento será realizado no final da tarde, no cemitério municipal da cidade.
Natural de Alto Jequitibá, Ruy Gripp construiu uma trajetória marcada pela fé, pelo trabalho, pela ciência e pela dedicação ao próximo. Filho de Eduardo Gripp e Acidália Sathler Gripp, foi casado com Gilda Emery Gripp, com quem teve três filhas — Valéria, Renata e Rogéria — formadas em Odontologia e Medicina. Deixa ainda quatro netos — Renato, Ruy, Carla e Rafael — e um bisneto, o pequeno Levi.
Formado em 1956 pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, dedicou sua vida ao desenvolvimento agrícola da região do Caparaó. Atuou na Secretaria da Agricultura de Minas Gerais, em Manhumirim, e também no Espírito Santo, como extensionista da ACARES, em Alegre.
Em 1960, ingressou como fiscal da CREAI do Banco do Brasil, cargo em que permaneceu por três décadas. Mesmo após a aposentadoria, continuou ativo em sua propriedade rural de 55 hectares, onde cultivava mais de 80 mil cafeeiros, alcançando resultados expressivos de produtividade e qualidade.
Reconhecido como educador popular, levou conhecimento a sindicatos rurais, cooperativas, escolas, igrejas, simpósios e congressos em diversos estados brasileiros. Ficou conhecido por sua didática clara e entusiasmada, que o fazia, se necessário, subir em mesas para reforçar uma explicação. Para ele, conhecimento era sinônimo de serviço.
Além do trabalho técnico e educativo, Ruy Gripp foi presença marcante na imprensa regional. Durante mais de 30 anos manteve uma coluna semanal no jornal Tribuna do Leste, de Manhuaçu, e apresentou um programa na Rádio Manhumirim, abordando temas como cafeicultura, reflorestamento, meio ambiente, piscicultura e alimentação saudável.
Também atuou no serviço comunitário, sendo membro ativo do Rotary Clube Manhumirim-Alto Jequitibá desde 1965, onde ocupou cargos de presidente e secretário, além de presidir a Sociedade Mineira de Engenheiros Agrônomos (SMEA).
No mês passado, ao celebrar os 94 anos do avô, o neto Rafael Gripp publicou uma homenagem destacando que “Ruy Gripp não era apenas lembrado naquela data, mas reverenciado. Sua história é símbolo de dedicação silenciosa, de amor à terra, de serviço à coletividade, de fé em Deus e respeito ao ser humano. Seu nome é gravado no coração da cafeicultura do Caparaó, nas páginas da imprensa regional, nos microfones da rádio, nas memórias de cada agricultor que um dia aprendeu com ele”.
Fonte: Carlos Henrique Cruz / Portal Caparaó
ERRATA; O sepultamento aconteceu na tarde desta quinta-feira (21)
