Na zona rural de Bom Jesus do Galho, marido briga com mulher e ateia fogo em residência. Já no distrito de Santa Luzia, homem é preso por manter mulher e filho em cárcere privado
BOM JESUS DO GALHO/CARATINGA – Ao consultarmos o dicionário, a palavra ‘violência’ tem alguns significados. Dentre eles: “ato de crueldade, de perversidade, de tirania: regime de violência; ato de oprimir, de sujeitar alguém a fazer alguma coisa pelo uso da força; opressão, tirania: violência contra a mulher”. E nesta quarta-feira (10) e quinta-feira (11), dois casos ratificaram esses conceitos, pois na zona rural de Bom Jesus do Galho, marido brigou com mulher e ateou fogo em residência. Já no distrito de Santa Luzia, zona rural de Caratinga, homem foi preso por manter mulher e filho em cárcere privado.
INCÊNDIO CRIMINOSO
Um incêndio em uma residência localizada no córrego São Francisco, zona rural de Bom Jesus do Galho, foi registrado na noite desta quarta-feira (10). As chamas consumiram móveis, aparelhos de televisão e um automóvel. Conforme disse a moradora, quem ateou fogo seu marido após um desentendimento.
Os bombeiros militares foram acionados e debelaram as chamas. Conforme relatório, três cômodos da casa foram atingidos pelo fogo. Na sala, um hack, uma televisão de 42 polegadas e dois sofás foram destruídos. Já num dos quartos, o incêndio consumiu uma televisão de 14 polegadas, uma cama de casal e um guarda-roupas de seis portas. Já noutro quarto, foram destruídos um guarda-roupa e uma cama de solteiro. Já na parte externa da residência, estava um veículo Fiat Palio, que foi totalmente destruído pelas chamas. A cozinha, o banheiro e a dispensa da casa não foram afetados.
Sargento Cassius explicou à reportagem, que por volta das 23h desta quarta-feira os bombeiros foram avisados sobre o incêndio e que o combate às chamas durou até as 3h desta quinta-feira (11). Conforme explicou o sargento, a dona da casa relatou que o autor do incêndio é o seu marido e que agiu desta maneira após uma briga entre eles.
No decorrer do combate às chamas, algo chamou atenção do bombeiro militar. “Durante o incêndio, percebemos um coelho cercado pelas chamas. Jogamos jato de água perto dele, depois entramos na casa e salvamos o animal, que foi deixado em local seguro”.
Assim que os bombeiros militares retornaram para Caratinga, comunicaram à Polícia Militar que o incêndio foi criminoso. O suspeito de ser o autor do incêndio não tinha sido localizado até o final dessa edição.
CÁRCERE PRIVADO
Um homem de 47 anos foi preso nesta quinta-feira (11) no distrito de Santa Luzia, zona rural de Caratinga, acusado de manter sua esposa (uma mulher de 43 anos) e o filho do casal (um adolescente de 15 anos) em cárcere privado. O casal é de Pernambuco e está junto há 19 anos.
O autor, que veio para a Caratinga fugindo, pois em Pernambuco já tinha agredido a vítima. Ele manteve sua esposa e filho em condições mínimas de sobrevivência. Durante a quarta-feira (10), a vítima se alimentou de bananas. O adolescente era mantido em cárcere com a mãe e não estava frequentando a escola.
A vítima confirmou o relato, afirmando que veio para Caratinga há dois meses a convite do marido, que prometeu uma vida melhor. No entanto, ela não tinha subsistência adequada e era constantemente abusada sexualmente pelo marido. Durante os 19 anos de relacionamento, a vítima foi várias vezes vítima de violência doméstica. A denúncia foi feita pela filha da vítima, que mora em Pernambuco, que recebeu um pedido de socorro da mãe. Então, ela procurou o contato de Polícia Militar de Minas Gerais.
Após receber a denúncia, a polícia realizou diligências e encontrou o autor. No local, encontraram as vítimas em situação de cárcere. A mulher relatou que várias vezes o autor arremessou facas contra ela, que foram apreendidas. Também foi recolhida uma carteira com documentos e a caixa de um medicamento de uso do autor.
A delegada ratificou o flagrante e o autor foi preso. A assistência à vítima foi prestada pela Patrulha de Prevenção à Violência Doméstica (PPVD), com o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS). A família expressou o desejo de retornar a Pernambuco.