Por Nohemy Peixoto
CARATINGA – Em um descontraído encontro, o professor e escritor Eugênio Maria Gomes, colunista do DIÁRIO DE CARATINGA, concedeu entrevista para falar sobre o lançamento de seu próximo livro – o sétimo volume da série “Radiografias do Cotidiano – Contos, Crônicas e Artigos” -, sobre a sua posse na Academia de Letras de Teófilo Otoni e sobre o seu ingresso como membro do Núcleo de Letras e Artes de Buenos Aires.
Mais um livro na praça. Em nossa última entrevista, o senhor falou em “compulsão” para escrever. Mantém a motivação?
Tenho necessidade de produzir textos, livros e, por isso, usei o termo “compulsão” (risos). Cada vez que escrevo, ganho mais energia para escrever. Certamente, esta é a atividade que mais gosto de fazer. Estou mais motivado que nunca e feliz por estar vendo nascer mais um trabalho, mais um livro.
Recentemente o senhor participou de dois outros lançamentos de livros e, agora, o sétimo volume do “Radiografias”. Este é o seu ano como escritor?
Em termos de produção, acho que este ano pode ser equiparado ao ano de 2014. Ano passado organizei e fui coautor do segundo volume da série “Obreiros do Conhecimento”, lancei o sexto volume do “Radiografias” e a biografia do Monsenhor Raul Motta de Oliveira, intitulado “O Filho de Maria”. Este, certamente, o mais volumoso, mais instigante e que me proporcionou grande satisfação e crescimento. Este ano, além deste livro que lançarei no próximo dia 16 de abril, fui coautor e organizei duas séries: o terceiro volume do “Obreiros do Conhecimento”, produzido por maçons e o “Além da Palavra”, de autoria dos professores da Unec. Mas, em termos de posicionamento e reconhecimento do meu trabalho, acho que 2015 está mais efetivo…
Por quê?
É que este ano tive o meu nome aprovado para compor duas organizações literárias importantes: a Academia de Letras de Teófilo Otoni – ALTO e o Núcleo Acadêmico de Letras e Artes de Buenos Aires. Na ALTO, eu e a nossa grande escritora Marilene Godinho tivemos nossos nomes apresentados pelo acadêmico Humberto Luiz Salustiano Costa e recebemos a aprovação, unânime, daquela Academia. Nossa posse acontecerá no próximo dia 30 de maio. Também fui convidado a fazer parte do Núcleo Acadêmico de Letras e Artes de Buenos Aires, que funciona na Fundação Casa de Jorge Amado, em Buenos Aires. Trata-se de uma confraria de intercâmbio Cultural, entre entidades argentinas e brasileiras, da qual participam universidades, a Literarte (Associação Internacional de Escritores e Artistas), autores e artistas dos dois países, representantes governamentais etc, com o objetivo de promover o intercâmbio cultural entre os dois países. Em maio – mais tardar junho -, irei formalizar o meu ingresso e fazer a retirada dos paramentos usados nos encontros. Através deste núcleo, também poderei interagir, diretamente, com professores e alunos de universidades portenhas, o que me deixa muito feliz.
O senhor também faz parte da Academia de Letras de Caratinga, que empossará, no mesmo dia do lançamento do livro, dois novos membros. Como anda o trabalho da Academia?
Nossa Academia está muito bem. Presidida pelo Mestre Monir Ali Saygli, possui um quadro de acadêmicos do mais alto gabarito. Agora, receberemos duas novas confreiras acadêmicas: professoras Dora Bomfim Pereira do Vale e Ligia Maria dos Reis Matos. A solenidade de posse será muito bonita, quando todo o simbolismo da eleição e incinerarão dos votos será apresentado. A ritualística de posse é muito bonita e vale a pena assistir.
Fale sobre o sétimo volume do Radiografias…
Eu costumo dizer que o último livro é sempre o melhor. Isso porque, indiscutivelmente, todas as pessoas envolvidas no processo amadurecem profissionalmente, do autor ao design gráfico. Este volume está, de fato, muito melhor que os outros (risos)… Mais uma vez, o livro traz a participação de autores convidados e tive a grata satisfação de contar com textos brilhantes do jornalista Humberto Luiz Salustiano Costa e das professoras Celeste Aparecida Dias e Ligia Maria dos Reis Matos. Foi prefaciado por uma pessoa muito, muito especial, grande escritor, jornalista e colega da Academia, Monsenhor Raul Motta de Oliveira. Também é apresentado por uma escritora renomada na área do Direito, uma pessoa muito especial, professora dos melhores cursos na área de preparação para concursos, a Dra. Isabelli Gravatá. Repetindo as versões anteriores, toda a renda auferida com a venda dos livros cumprirá o seu papel social. Contamos mais uma vez com o apoio da Unec, da Viação Riodoce, do “Irmãos Supermercados” e da Prefeitura Municipal de Caratinga e, desta vez, a renda arrecadada ajudará na construção do Centro de Pastoral São João Batista, um belo projeto pensado pelo Pároco da catedral, Ademilson Tadeu Quirino, que precisa contar com a colaboração de toda a sociedade para ser levado a termo.
A noite de lançamento promete…
Com certeza. Teremos lá a participação do Coral da escola menino Jesus de Praga, da cantora Analígia, além de todo o cerimonial de posse de novos membros da Academia Caratinguense de Letras. É uma oportunidade de participar de um evento cultural muito bonito, cuja entrada é franca.
E quais são os projetos para o futuro?
Pois é… Este ano, devido a novos desafios profissionais, casamento da terceira filha etc, os meus planos foram adaptados… (risos). Mas, já fui convidado pelo Grão Mestre eleito do GOB/MG, Eduardo Teixeira de Rezende, para desenvolver um trabalho literário, aglutinando autores maçons de todo o estado de Minas. Além disso, em 2016, quero continuar sendo professor, fazer mais palestras, escrever muito mais, alçar voos mais longos e transpor fronteiras. No próximo ano, quero escrever um romance… Já tenho a história na cabeça, só precisarei de tempo para transformá-la em livro.