CARATINGA- Até o dia 27 de janeiro, Caratinga registrou 458 casos prováveis de arboviroses. O número é 816% maior do que o de janeiro de 2023, quando no mês inteiro foram notificados 50 casos suspeitos. O aumento do Índice de Infestação por Aedes aegypti neste período do ano tem uma relação direta com as chuvas e as altas temperaturas, criando dessa forma condições favoráveis para proliferação e dispersão do vetor, somado a isto ao aumento considerável das ofertas de criadouros neste período.
Diante do aumento, a Secretaria Municipal de Saúde de Caratinga, através da Superintendência de Vigilância em Saúde intensifica, desde o início de janeiro, as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti nos bairros com maior incidência de notificações de casos suspeitos de arboviroses.
De acordo com a Superintendência, as atividades incluem a “busca e eliminação de locais que podem conter larvas do mosquito, aplicação de Ultra Baixo Volume (UBV) leve, (uma técnica altamente eficaz na eliminação do mosquito, devido à sua mobilidade que permite alcançar áreas de difícil acesso, como vilas, becos, residências e as margens de rios e córregos) e na orientação da população quanto aos cuidados e medidas que devem ser adotadas para reduzir a proliferação do mosquito”.
A operação conta com mais de 30 agentes atuando em campo e visa não apenas reduzir a presença do vetor na região, mas também prevenir o surgimento de novos focos, protegendo assim a saúde da população.
Diante da situação de alta no número de casos notificados como prováveis para Dengue e Chikungunya, a população tem questionado o porquê de Caratinga não estar utilizando o popularmente conhecido “fumacê”, ao contrário de outros municípios da região. Mas, conforme a Superintendência, utilizar o UBV pesado é a última opção. “Por ser menos eficaz que os demais métodos, o uso inconsequente de inseticidas acelera a mutação e resistência do mosquito ao inseticida e a capacidade de elaboração de outro produto é mais lenta que a capacidade do mosquito “sobreviver” à aplicação do UBV. E também é nocivo não só para o Aedes, mas para outros insetos importantes para o meio ambiente, como os polinizadores, por exemplo”.
A Prefeitura ainda frisa que a colaboração da população é essencial no combate ao mosquito. “Medidas simples, como eliminar recipientes que acumulem água parada, manter caixas d’água vedadas e cuidar do descarte adequado de lixo, são atitudes que contribuem significativamente para a prevenção”.
- Prefeitura está utilizando Ultra Baixo Volume (UBV) leve, técnica que considera mais efetiva