Clima
As incertezas climáticas, que são globais e afetam todos os países produtores de café; os estoques baixos nos países consumidores; o esgotamento dos estoques remanescentes de outras safras nos países produtores; a aproximação dos meses de frio no hemisfério norte, quando o consumo de café cresce substancialmente, e os problemas que afetam tanto a economia global como a brasileira, levam o mercado internacional de café a trabalhar com muita insegurança e oscilação.
EUA
Na Ice americana, os contratos de arábica para dezembro próximo, bateram na sexta-feira (27/10) em US$ 1,6325 na máxima do dia, e fecharam em queda de 25 pontos, a US$ 1,6095 por libra peso. Quinta-feira (26/10) recuaram 110 pontos e anteontem, caíram 530 pontos. No balanço da última semana recuaram 430 pontos. Esses contratos fecharam na sexta-feira anterior, 20/10, a US$ 1,6525 por libra peso e acumularam 1.920 pontos de alta nas duas semanas anteriores a esta.
Londres
Na ICE Europe, em Londres, os contratos de café robusta para novembro próximo trabalharam em baixa. Fecharam na última sexta-feira (27/10) com queda de 41 dólares, a US$ 2.553 por tonelada. Quinta-feira (26/10) subiram 63 dólares e anteontem recuaram 73 dólares. Na semana anterior, somaram alta de 189 dólares por tonelada.
Estoques
Os estoques de cafés certificados na ICE Futures caíram sexta-feira (27/10) mais 12.291 sacas e estão em 394.175 sacas. Há um ano eram de 385.465 sacas, quando eram considerados criticamente baixos. Subiram neste período 8.710 sacas. Nesta última semana somaram queda de 27.249 sacas. Caíram na semana passada 19.349 sacas. No mês de setembro a queda foi de 58.986 sacas. No mês de agosto, a queda foi de 45.369 sacas e no mês de julho de 16.163 sacas. No mês de junho, recuaram 38.603 sacas. No mês de maio caíram 96.645 sacas e no mês de abril, a queda totalizou 62.731 sacas.
Dólar e o mercado do café
O dólar oscilou bastante frente ao real esta semana. Subiu sexta-feira (27/10) 0,46 %, para R$ 5,0130. Quinta-feira (26/10) recuou 0,24 %. Na sexta-feira (20/10) encerrou a semana a R$ 5,0320. Em reais por saca, os contratos para dezembro próximo em Nova Iorque encerraram o pregão da última sexta a R$ 1.067,29. Quinta (26/10), fecharam a R$ 1.064,04 e anteontem a R$ 1.073,88. Fecharam a sexta-feira (20/10) valendo R$ 1.099,06.
Recuo das cotações
Os cafeicultores brasileiros, que estavam aguardando um movimento de alta em Nova Iorque para realizar vendas físicas ainda neste ano, aproveitaram a subida dos preços na semana passada e no início desta, para realizar vendas, e o volume de negócios fechados cresceu bastante. Com o recuo, a partir da quarta-feira (25/10), das cotações na ICE americana, os compradores diminuíram o valor de suas ofertas. Os produtores recusaram essas ofertas com valores mais baixos, reduzindo bastante o ritmo dos negócios em nosso mercado interno. Mesmo assim, continuaram saindo alguns negócios.
Embarques
Os embarques brasileiros de café neste mês de outubro estão crescendo em relação aos de setembro último. Até dia 27/10, os embarques de outubro estavam em 2.631.089 sacas de café arábica, 507.718 sacas de café conilon, mais 179.890 sacas de café solúvel, totalizando 3.318.697 sacas embarcadas, contra 1.982.611 sacas no mesmo dia de setembro. Até o mesmo dia 27 os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em outubro totalizavam 3.636.854 sacas, contra 2.206.978 sacas no mesmo dia do mês anterior.
Bolsa Nova Iorque
A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 20, sexta-feira, até o fechamento de dia 27/10, caiu nos contratos para entrega em dezembro próximo 430 pontos ou US$ 5,69 (R$ 28,51) por saca. Em reais, as cotações para entrega em dezembro próximo na ICE fecharam no dia 20 a R$ 1099,96 por saca, e sexta-feira, dia 27, a R$ 1067,29. Ainda na última sexta, nos contratos para entrega em dezembro, a bolsa de Nova Iorque fechou em baixa de 25 pontos.