Safra I
Na última semana, o sentimento de operadores no exterior, de que o tamanho da nova safra brasileira, em final de colheita, é maior do que o estimado antes do início dos trabalhos de apanha, continuou pressionando as cotações na ICE Futures US em Nova Iorque, e na ICE Europe, em Londres. A valorização do dólar frente ao real, foi mais um fator de pressão nessas cotações.
Safra II
Com a aproximação do “First Notice Day”, a rolagem para dezembro dos contratos com vencimento em setembro próximo na ICE americana se acelerou. A “narrativa” de uma produção maior no Brasil, pressiona as cotações, facilitando a rolagem desses contratos.
Safra III
As lideranças dos cafeicultores falam que o tamanho da produção deste ano é maior do que a de 2022, mas longe de se constituir em uma grande safra. “Em nossa opinião, se a nova safra brasileira mostrasse números como os citados pelos compradores no exterior, os trabalhos de colheita (que começaram mais tarde este ano, em razão da maturação irregular dos frutos e das dificuldades que os cafeicultores encontraram para contratar mão de obra para executar esses serviços) não estariam se aproximando do final em meados do mês de agosto. Os armazéns já estariam com mais café, e os cafeicultores mais propensos a vender”, avaliou o Escritório Carvalhaes, acrescentando que “os interessados em derrubar as cotações, agora começam a especular com o tamanho da safra brasileira de café do próximo ano”.
Contratos
Na ICE americana, os contratos para dezembro próximo, bateram sexta-feira (18) em US$ 1,5175 na máxima do dia e fecharam o pregão em alta de 90 pontos, valendo US$ 1,5000 por libra peso. Quinta-feira (17) terminaram o dia com perdas de 150 pontos e anteontem caíram 75 pontos. Na ICE Europe, em Londres, os contratos de café robusta para setembro próximo caíram na sexta passada, 31 dólares e fecharam o dia valendo 2 544 dólares por tonelada. No balanço da semana esses contratos caíram 128 dólares.
Estoques
Os estoques de cafés certificados na ICE futures US – formados atualmente por cafés da América Central, desmerecidos na qualidade, de algumas safras atrás, recertificados, e depositados na Europa – caíram, na sexta-feira (18) 1.244 sacas. Estão em 513.665 sacas. Há um ano eram de 596.775 sacas, quando já eram considerados historicamente baixos e preocupantes. Caíram neste período 83.110 sacas. Na última semana a queda desses estoques foi de 7 204 sacas. No mês de julho a queda totalizou 16.163 sacas. No último mês de junho, a queda somou 38.603 sacas. No mês de maio caíram 96.645 sacas. No mês de abril, a queda totalizou 62.731 sacas.
Dólar
Na sexta-feira (18), o dólar recuou 0,26 % e fechou a semana a R$ 4,9680. Na sexta-feira anterior (11), subiu 0,43 %, encerrando a semana a R$ 4,9040. Em reais por saca, os contratos para dezembro próximo, na ICE em Nova Iorque, fecharam hoje a R$ 985,75. Na sexta-feira passada fecharam valendo R$ 1 023,00. No mercado físico brasileiro, os compradores diminuíram o valor de suas ofertas no decorrer da semana, acompanhando as quedas na ICE americana. O mercado brasileiro permaneceu praticamente “travado”. Foram poucos os negócios fechados.
Embarques
Até dia 18, os embarques de agosto estavam em 1.090.925 sacas de café arábica, 323.475 sacas de café conilon, mais 105.233 sacas de café solúvel, totalizando 1.519.633 sacas embarcadas, contra 1.401.011 sacas no mesmo dia de julho. Até o mesmo dia 18 os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em agosto totalizavam 1.869.379 sacas, contra 1.515.168 sacas no mesmo dia do mês anterior.
Bolsa Nova Iorque
A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 11, sexta-feira, até o fechamento do dia 18, caiu nos contratos para entrega em dezembro próximo 770 pontos ou US$ 13,69 (R$ 10,18) por saca. Em reais, as cotações para entrega em dezembro próximo na ICE fecharam no dia 11 a R$ 1023,00 por saca, e sexta-feira, dia 18, a R$ 985,75. Também na última sexta, os contratos para entrega em dezembro, a bolsa de Nova Iorque fechou em alta de 90 pontos.