Mãe que matou o filho deixa o presídio de Caratinga

Mãe e filha sendo levadas pela PM (Foto: Arquivo)

 

 Areto foi morto no final de fevereiro deste ano (foto: Rede Social) No dia do crime, Maria de Lourdes precisou de atendimento médico e foi levada ao PAM (foto: Arquivo Polícia 24h)

Mãe e filha sendo levadas pela PM (FotoArquivo)

Crime aconteceu no dia 27 de fevereiro de 2016, em Imbé de Minas. Defesa diz que mulher agiu em legítima defesa

CARATINGA – Maria de Lourdes Benfica, que na data de 27 de fevereiro de 2016, em Imbé de Minas, matou seu filho Areto Henrique da Silva, foi colocada em liberdade no dia de ontem. Maria de Lourdes estava presa desde a data dos fatos. O juiz da 1ª vara criminal da comarca de Caratinga concedeu liberdade provisória à acusada atendendo ao pedido do advogado Max Capella Araújo.

A reportagem do DIÁRIO conversou com Max Capella e obteve informações sobre o caso. Segundo Max, o pedido de liberdade provisória estava sobrestado na 1ª vara criminal desta comarca aguardando o laudo pericial de levantamento do local, a fim de esclarecer sobre a dinâmica dos fatos. Após a juntada do laudo, que veio corroborar o pedido da defesa, o pedido de liberdade provisória foi deferido. “Estamos satisfeitos com a decisão do juiz. Essa decisão além de fundamentada na lei, pois a prisão se mostrava desproporcional frente as condições pessoais da ré, atende ao clamor público que queria a liberdade de Maria Aparecida”, afirma Max Capella.

Mac Capella sustenta que sua cliente agiu em legítima defesa

Ainda segundo Max, o próximo passo será apresentar a resposta à acusação e aguardar a designação de audiência, já que Maria de Lourdes foi denunciada pelo Ministério Público como incursa no artigo 121, § 2º, inciso IV, ou seja, homicídio qualificado pelo recurso que impossibilitou a defesa da vítima. “Provaremos que os fatos não se deram desta maneira e tentaremos, desde o início, sua absolvição sumária, evitando assim que a mesma seja julgada pelo Tribunal do Júri. Maria de Lourdes agiu em legítima defesa própria e de terceiros, sob o domínio de violenta emoção e em inexigibilidade de conduta diversa. Se, contudo, a acusada for submetida ao Tribunal Popular, usaremos das mesmas teses para absolvê-la” disse o advogado Max Capella Araújo.De agora em diante, a acusada seguirá respondendo ao processo em liberdade.

Areto foi morto no final de fevereiro

Areto foi morto no final de fevereiro

DIA 27 DE FEVEIRO

Conforme alega a defesa, no dia 27 de fevereiro de 2016, Areto chegou à casa da família, situada na Rua do Campo, em Imbé de Minas, bastante exaltado. A mãe disse que ela e sua filha Loredana dos Reis Gomes, 23, foram agredidas. Um vizinho teria presenciado a situação. “Chamei o Areto. Ele disse que mataria as duas. Separei a briga e não deixei que ele continuasse batendo na irmã. Areto acalmou e pediu à mãe que comprasse para ele um tênis e um objeto para usar drogas (narguilé). Então fui embora”, disse a testemunha em matéria publicada na edição do DIÁRIO de 28 de fevereiro de 2016.

Também foi levantado que Areto comentou que mataria a irmã e não a deixaria se casar. Por volta das 7h, Loredana foi até a casa deste vizinho para pedir ajuda, pois Areto estava batendo em sua mãe com chave de fenda e tinha amarrado a mulher com uma corrente usada em cachorros. Conforme Loredana, o irmão estava dizendo que mataria a mãe. Areto pegou um pedaço de pau para agredir sua Maria de Lourdes, mas ela conseguiu se soltar e para se defender, tomou este pedaço e atingiu a fronte de Areto. O golpe foi fatal e o jovem acabou falecendo.

De acordo com informações de populares, Areto usava drogas e constantemente arrumava confusão em casa, onde agredia a mãe e a irmã.

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