DA REDAÇÃO- A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) divulgou na última quinta-feira (29/2) os resultados do primeiro Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa/LIA) de 2024, realizado entre 8 e 27 de janeiro nos municípios mineiros. A pesquisa é uma ferramenta importante para direcionar as ações de controle das doenças transmitidas pelo mosquito, como dengue, chikungunya e zika.
Da regional de Coronel Fabriciano, 17 municípios foram classificados como em situação de risco em relação à infestação pelo Aedes aegypti. Apenas Inhapim, São Sebastião do Anta e Ubaporanga foram considerados em satisfatório. Oito em alerta.
Os dados do LIRAa/LIA permitem identificar os locais e os tipos de recipientes onde o mosquito está se proliferando, o que é essencial para direcionar as ações de combate ao vetor. Por exemplo, os depósitos móveis, como vasos de plantas e frascos, foram os mais frequentemente infestados, seguidos por lixo, sucatas e entulhos.
Embora a Vigilância em Saúde estadual não considere apenas o levantamento da infestação por Aedes aegypti para avaliar a situação epidemiológica quanto à dengue, chikungunya e zika, os dados obtidos por meio do LirAa/LIA podem ser considerados como um indicativo de alerta para os locais com possibilidade mais acentuada de registrar um maior número de casos dessas arboviroses.
Em janeiro de 2024, de acordo com a pesquisa, permaneceu mais frequente (34,9%) a infestação dos depósitos móveis (vasos, frascos e pratinhos de plantas, bebedouros, recipientes de degelo das geladeiras etc.), semelhante aos quatro levantamentos realizados em 2023.
Lixo, sucata e entulho ocuparam a segunda colocação entre os recipientes mais infestados em janeiro de 2024 (25%), assim como visto nos levantamentos feitos em janeiro, maio e outubro de 2023.
Os depósitos utilizados no armazenamento de água para consumo humano ao nível do solo (tonel, tambor, barril, filtro etc.) apareceram em terceiro lugar (17,5%) entre os mais infestados, assim como foi observado em 2023. Pneus e outros materiais rodantes ocuparam a quarta posição (10%), seguidos dos depósitos fixos (tanques em obras, borracharia ou horta, calhas, lajes, sanitários, piscinas, ralos etc.) com 9%.
Nas últimas colocações, apareceram os depósitos de água elevados ligados à rede pública ou a sistemas de captação (caixa d´água, tambor, depósitos de alvenaria etc.) e os depósitos naturais (bromélias, ocos de árvores e de rochas etc.) com 2,0% e 1,6%, respectivamente.