CARATINGA- Duas tentativas de realizar uma perícia na agência do INSS de Caratinga. O relato é da jovem Maria Paula Cristina de Mattos, que procurou a redação do DIÁRIO DE CARATINGA, questionando a demora para realização do procedimento.
Maria Paula precisou ser afastada do trabalho em 26 de janeiro, após fazer uma cirurgia de urgência. Nesta quinta-feira (11), ela compareceu novamente ao INSS na data marcada e teve o atendimento reagendado pela segunda vez. “Tive uma hérnia encarcerada, precisei fazer uma cirurgia de urgência. Fiz de quinta para sexta, ganhei alta no sábado e nesse dia mesmo fui no INSS para olhar a papelada, porque eu não poderia ficar parada 60 dias, como é uma recuperação mais rápida. E me agendaram para março. Quando cheguei lá, teve um problema de alagamento e me marcaram para abril. E agora, em abril, me mandaram para maio, disseram que não podem fazer nada, que só tenho que sentar e esperar”.
De lá para cá, ela tem convivido com a insegurança e falta de respostas por parte do INSS. Diante de mais uma negativa ontem, ela teme que o procedimento demore cada vez mais a ser realizado. “Fiquei esse tempo todo sem receber, voltei a trabalhar tem umas duas semanas. Moro com minha filha de dois anos e estou me virando, faço freelance, tocando minha vida, aguardando a boa vontade deles. Tive que pagar médico para conseguir voltar a trabalhar, porque o mês passado quando fui lá, o rapaz que me atendeu e foi remarcar pra mim disse que eu não ia receber esses dias parada, que era pra eu dar meu jeito, correr atrás de voltar a trabalhar rápido, porque senão eu ia tomar prejuízo financeiro. E a gente que é mãe é difícil. Agora já voltei a trabalhar e estou nessa, me jogaram para maio, quem sabe chegar maio vão me jogar pra junho ou natal. Como vou fazer?”
Maria Paula espera que o impasse tenha uma resposta efetiva. “Ele falou que tem cinco peritos lá e logo a minha passou mal e ele não pode me ajudar. Ele falou que caso eu quisesse ajuda dele, que poderia marcar para final do mês lá no Vale do Aço. Não tenho como ir pra lá, se moro aqui tem que ser resolvido aqui. Eu quero solução, já estou sem paciência com isso, muita falta de respeito com a gente. A gente não vai lá porque quer, não é esmola. Estamos pedindo direito nosso”.
O DIÁRIO entrou em contato com a Assessoria de Comunicação Social da Superintendência Regional Sudeste do INSS, que informou que está apurando o caso.