Idosos precisam de ajuda para reformar casa no Bairro Santa Zita

Senhor Abelard Teodoro Felisberto e dona Catarina Mendes Ribas

CARATINGA – O DIÁRIO DE CARATINGA foi até a rua Áurea Rezende Coutinho, no Bairro Santa Zita, para conhecer a história do casal Catarina Mendes Ribas, 66 anos e Abelard Teodoro Felisberto, 70 anos. Eles moram em uma casa simples e contam com ajuda de algumas pessoas solidárias, como funcionários do posto de saúde da localidade.

Abelard está doente e precisa de cuidados especiais para questões simples do dia a dia, como tomar um banho e se deslocar. Catarina recebeu a reportagem e com cuidado, acomodou o idoso no sofá, mesmo em meio às dificuldades de deslocamento. Ela falou sobre as principais necessidades do casal e fez um pedido de ajuda para reformar a casa.

Catarina começou falando um pouco sobre sua história. “Nasci na Rua Emília Mota, Bairro Santa Cruz e ali fiquei uns tempos, depois fui mudando e agora pareia aqui. Essa casa era dos meus pais, eles faleceram e meus irmãos me deixaram morar aqui. Estudei pra caramba, mas, menos de 18 anos me casei e estou na luta até hoje.”.

Com dificuldades financeiras, eles contam com a solidariedade da comunidade. “Ele é aposentado, mas, fez muitos empréstimos, só recebe R$ 700 e poucos reais. E eu não consegui aposentar, trabalhei muito, mas, não tive contribuição, não tive carteira assinada. Quando eu tinha 46 anos, tive um câncer no colo do útero, fui cuidar desse câncer e eles me deram o benefício da LOAS (Lei Orgânica da Assistência Social). Fiquei com o benefício por um tempo, mas, tive alta, graças a Deus. Estou na luta, tentando graças a Deus, os meninos do postinho me ajudam demais, quase todo vêm ver como o Abelard está. Tem um ano que ele está doente, não está conseguindo fazer nada, pega o dinheiro e não consegue fazer quase nada com ele”.

A casa precisa de reparos para garantir uma melhor qualidade de vida a Catarina e Abelard. Ela conta que o vazamento no telhado, que é bastante antigo, tem sido um problema recorrente. “Cada dia que passa, quando chove desce aquele monte de água na minha casa e eu vou arrumando uma coisa aqui, outro ali. O que mais preciso é arrumar o telhado da minha casa, se não chover na gente está bom, não tenho ganância com nada. Para não chover nas nossas coisinhas também, já perdi uma geladeira nova, enferrujou toda, acabou com a água. E a descarga do prédio aqui desce toda na minha cozinha. Uma cozinha gelada, pisa lá parece que sobre o frio. E no calor, é aquele bafão de calor. Mas, é o local que Deus permitiu que a gente ficasse. Até fico muito agradecida a Deus, porque a gente não aguentava pagar aluguel. Vou ficar aqui até o resto da minha vida”.

Outra dificuldade que eles enfrentam é a falta de diagnóstico para o problema de saúde de Abelard, por isso ela também pede um tratamento de saúde para o marido. “Estou precisando muito também é cuidar da saúde dele, para tomar os remédios certos. Médico está difícil, não resolve, não acha o que ele tem. Estou olhando ele sozinha, está usando fralda, tenho que deslocar com ele para o banho”.

Quem desejar contribuir com dona Catarina e seu Abelard pode entrar em contato com o posto de saúde do Bairro Santa Zita. Doações podem ser realizadas, seja em dinheiro, mão de obra ou materiais de construção. “Toda ajuda é bem-vinda, se eu conseguir arrumar o telhado. Meu banheiro também é muito pequenininho, para dar banho nele está sendo a maior dificuldade. Está muito difícil. É muita amizade para ajudar, graças a Deus. Se eu conseguir isso, está bom”.