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Concentrado de plaquetas: utilizado em caso de alteração da função ou diminuição do número de plaquetas
Plaquetas têm vida curta e são essenciais a tratamento de pacientes com dengue grave
CARATINGA – Os casos de Dengue avançam em Caratinga. Já foram registrados dois casos de morte suspeita por dengue grave. Em um deles, Maria Patrícia de Oliveira, 39 anos, segundo a família, havia recebido o diagnóstico de dengue hemorrágica. Eles chamaram atenção para uma consequência típica da doença: a queda de plaquetas.
Com o aumento do número de casos na cidade, o volume de atendimentos médicos segue o mesmo ritmo. E, consequentemente, também sobe o número de casos graves, por isso são grandes os esforços em busca do concentrado de plaquetas, que é crucial no tratamento de pacientes com dengue grave.
Segundo o Hemominas, o concentrado é um componente claro, que contém as plaquetas, células responsáveis por um dos mecanismos de coagulação que impedem a continuidade do sangramento, formando um tampão nos vasos sanguíneos. É utilizado em caso de alteração da função ou diminuição do número de plaquetas, como ocorrem em leucemias, quimioterapia e nestes casos de dengue.
Mas, de acordo com o Hemominas, todo hemocomponente possui uma validade e as plaquetas, por exemplo, só podem ser utilizadas por cinco dias após a coleta do sangue. Por isso que os doadores são chamados a comparecer regularmente. Uma redução no comparecimento afeta rapidamente o estoque de plaquetas.
Os pacientes que chegam ao Hospital Nossa Senhora Auxiliadora aguardam o concentrado de plaquetas vindo do hemocentro de Governador Valadares. O DIÁRIO DE CARATINGA conversou com a enfermeira responsável técnica, Priscila Cunha, que falou sobre os procedimentos realizados e a atual situação no hospital.
De acordo com Priscila, quando há uma solicitação médica para a transfusão é solicitado o concentrado de plaquetas ao hemominas. “As plaquetas não podem ficar armazenadas aqui. Somente concentrados e plasma. Então, o motorista vai e busca logo que a solicitação é feita e quando chega é utilizada pelo paciente”.
Priscila afirma que o HNSA tem recebido um grande o número de casos de dengue, o que tem impactado diretamente na ida dos motoristas ao hemocentro. “Antes desta epidemia de dengue os motoristas iam umas três a quatro vezes por semana ao Hemominas. Agora, com esse aumento dos casos, eles estão indo praticamente todos os dias. Quando o tipo sanguíneo não é compatível com o que temos aí é preciso ir lá pra buscar novamente”.
Apesar da demanda crescente, a enfermeira acredita que está sendo possível atender com certa tranquilidade aos pacientes com suspeita da doença. Mas, ela reforça a importância da doação. “Graças a Deus o Hemominas está suprindo a demanda. Mas, a doação nunca é demais, sempre é bem-vinda”.
Critérios para doação de plaquetas:
– Doados não pode ter usado anti-inflamatório nos últimos 5 dias
-Doador não pode estar usando medicamentos para controlar a pressão arterial da classe inibidores da ECA (Enzima Conversora da Angiotensina), por exemplo, captopril e enalapril
– Portadores de traço falciforme não podem doar
– Somente homens podem doar plaquetas
– É necessário que o candidato tenha realizado uma doação (sangue ou plaqueta), em qualquer unidade da Hemominas, há menos de um ano
– A doação de plaquetas pode ser realizada até 12 vezes ao ano. O intervalo mínimo entre uma e outra é de 30 dias
– Após uma doação de sangue total, é necessário aguardar 60 dias para doar plaquetas, porém, 15 dias após doar plaquetas, o doador já pode candidatar-se a uma doação de sangue total