Foragido da Justiça de Caratinga é preso em Contagem com documento falso

Ele foi condenado pela morte do taxista Jônatas Ferreira de Assis, ocorrida em 2009
DA REDAÇÃO- O foragido e condenado como executor da morte do taxista Jônatas Ferreira de Assis, ocorrida em 2009, em Caratinga, foi preso na última sexta-feira (11), em Contagem. Felipe Lopes Ferreira foi sentenciado pela Justiça a 15 anos de prisão.
Durante patrulhamento, em Contagem, a Polícia Militar recebeu informações de que Felipe, que possui mandado de prisão em aberto, estava na Avenida João Gomes Cardoso.
A guarnição conseguiu abordar o indivíduo, confirmando que se tratava do alvo da denúncia, que possui mandado de prisão emitido em 10 de dezembro de 2019.
Durante abordagem, Felipe tentou se passar por outra pessoa, apresentando aos militares uma carteira de habilitação falsa, que foi apreendida.
No momento da abordagem policial, Felipe estava próximo ao seu veículo Volkswagen Gol, de cor branca, estacionado na via pública. Questionado sobre a posse de um documento de identificação autêntico, Felipe informou aos militares que sua carteira de trabalho, que poderia confirmar sua real identidade, estava em sua residência.
Os militares foram até o endereço, onde foram recebidos pela irmã de Felipe, que entregou aos militares a carteira de trabalho. Felipe foi preso e o documento falso apreendido. Posteriormente, a Justiça converteu a prisão em flagrante em prisão preventiva.
O CRIME
Há 15 anos a família clama por Justiça. Por volta das 20h30 do 11 de março de 2009, Jônatas, que trabalhava no ponto de táxi da Avenida Benedito Valadares em seu veículo Fiat Siena foi contratado para uma corrida do Centro até o alto do cemitério, no Bairro Esperança. Por volta das 21h30, populares chamaram a polícia avisando que o corpo do taxista estava dentro de seu carro. Exames periciais confirmaram uma perfuração por arma de fogo na nuca.
O taxista Jônatas, era viúvo, pai de três filhos e sua família residia no Córrego dos Palmeiras, zona rural de Bom Jesus do Galho. Segundo apurações realizadas na época, o taxista havia contraído uma dívida para custear as despesas de uma viagem para os Estados Unidos, onde passou um tempo trabalhando. Segundo familiares, apesar da vítima ter alegado ter quitado toda a dívida, o mandante, que foi quem o levou para o exterior, insistia que ainda restava uma quantia da dívida, que era o “juros sobre juros”.
Com as investigações, a polícia identificou como autor, Felipe Lopes Ferreira. Já o mandante do crime, José Bento Ferreira.
MANDANTE SEGUE FORAGIDO
Apesar de condenado a 25 anos, seis meses e 7 dias de prisão no dia 17 de setembro de 2024, o acusado de ser o mandante do homicídio do taxista Jônatas Ferreira segue foragido. José Bento Ferreira já havia passado pelo banco dos réus em 2021, quando foi absolvido, mas, o assistente de acusação Dário Júnior e o Ministério Público recorreram e tiveram êxito na anulação do júri.
A sentença determinou prisão imediata do acusado, que responde ao processo em liberdade no Espírito Santo. Porém, até o fechamento desta edição, ele não havia sido detido para cumprimento de sua pena.