Neste “Dia do Trabalhador” conheça a história do farmacêutico Rubens Pires
CARATINGA – 1° de maio. A data de hoje celebra o “Dia do Trabalhador”, dedicado a todos os brasileiros que todos os dias saem de suas casas em busca da batalha diária.
Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), de janeiro de 2014 a março de 2015 foram registrados 10.034 admissões e 9.708 desligamentos no mercado de trabalho de Caratinga. Em janeiro de 2015 foram criados 15.287 empregos formais.
Neste período, as 10 profissões que mais admitiram foram, respectivamente, vendedor de comércio varejista, servente de obras, auxiliar de escritório, em geral; trabalhador da cultura de café , armazenista, pedreiro, operador de caixa, motorista de caminhão (rotas regionais e internacionais), faxineiro, recepcionista e alimentador de linhas de produção.
Por outro lado, as que mais registraram desligamentos foram: vendedor de comércio varejista, servente de obras, auxiliar de escritório, em geral; trabalhador da cultura de café, armazenista, pedreiro, motorista de caminhão (rotas regionais e internacionais), operador de caixa, recepcionista, em geral e trabalhador volante da agricultura.
Para falar um pouco sobre a rotina de um trabalhador, o DIÁRIO DE CARATINGA conversou com o farmacêutico Rubens Pires. Há 52 anos na profissão, ele afirma que continua com o mesmo entusiasmo de antes.
A origem das atividades relacionadas à farmácia teve início a partir do século X com as chamadas “boticas” ou “apotecas”, como eram conhecidas na época. Neste período, a medicina e a farmácia eram uma só profissão. A evolução e desenvolvimento da farmácia, como atividade diferenciada, só aconteceria na Alexandria após um período de instabilidade marcado por guerras, epidemias e envenenamentos. A farmacologia ganhou grande impulso, principalmente no tratamento dos soldados abatidos nos campos de batalha.
Em Caratinga, Rubens Pires começou na profissão aos oito anos de idade. Ele destaca que não foi influência de nenhum familiar. “Acredito que tenha sido o destino mesmo ou questão de oportunidade, na época era criança”.
Ele conta com orgulho que seu primeiro emprego foi com o médico Moacyr de Mattos, em uma farmácia na Avenida Olegário Maciel, em 1963. “E estou até hoje na área. Por condições financeiras não tive condição de estudar. Mas, é um serviço bom, graças a Deus trabalho com amor e satisfeito. A profissão, se não para trabalhar com amor, não rende.”.
A profissão trouxe muitas realizações para Rubens. Uma delas foi o contato com o público. Para ele, o bom atendimento garante clientes fiéis e permite a troca de experiências e aprendizado. “A gente acaba ficando popular, por ser uma profissão que lida diretamente com o público. Já fui candidato a vereador duas vezes, tenho muita facilidade de ter contato com o povo”.
Apesar dos bons momentos, o farmacêutico reconhece que, atualmente, o ramo de farmácia não é a mesma coisa de antes. O motivo seriam as mudanças que limitaram um pouco o trabalho dos profissionais. “Trabalhar com farmácia hoje é mais difícil. Mais fiscalizado, severo, rigoroso. Antes se fazia tudo em farmácia, aplicar injeção, soro, dava ponto. Hoje nem curativo faz mais. Antigamente se podia receitar remédio à vontade, hoje tem hora que só com receita. Ficou mais restrito”, compara.
Mas, isso não desanima Rubens. O dom para a profissão fez com que ele fosse exemplo para um de seus filhos, que seguiu os mesmos passos do pai. Atua há 11 anos como farmacêutico em Porto Seguro, na Bahia. Para ele, o “Dia do Trabalhador” é motivo de comemoração. “Pretendo continuar trabalhando com farmácia, isso aqui é eterno. É até quando Deus continuar dando forças. Para mim é uma vitória. Trabalho com garra e prazer”, finalizou.