CARATINGA- 16 de janeiro de 2003, uma madrugada de pesadelo. Caratinga foi assolada por uma enchente que destruiu praticamente toda a cidade. Um prédio que ficava na Rua Inácio Tomé, no centro caiu inteiro e foi notícia em todo país.
2023, 20 anos depois, a Defesa Civil de Caratinga realizou nesta sexta-feira (28), na Praça Cesário Alvim, uma exposição com fotos, documentos e jornais relembrando esta data.
Conforme a diretora do Departamento, a iniciativa também buscou demonstrar o trabalho de prevenção que é realizado em Caratinga. “Estamos mostrando os sistemas de segurança adotados a partir da enchente, que foram o monitoramento com sistema de alerta das sirenes, câmeras no rio Caratinga, o Plano Municipal de Redução de Riscos, onde é feito mapeamento de toda a cidade de Caratinga, colocando quais são obras estruturais que devem ser feitas para minimizar o risco. Temos também pluviômetros que foram adotados nosso município, que fazem esse indicativo de chuva para alertar a população. A Defesa Civil também adquiriu materiais para prestar o melhor trabalho para a população. Também foi feita a dragagem do rio, que minimizou bastante a questão de enchente no município e nossa intenção é sempre aprimorar”.
Como parte ainda dos trabalhos realizados, a notificação e orientação dos moradores que residem em áreas de risco. Um mapeamento foi realizado para dimensionar o grau de severidade onde estas pessoas estão vivendo e medidas que devem ser adotadas. “O município de Caratinga possui os cenários de risco de inundação e de deslizamento. Existe no risco de deslizamento os graus de 1 a 4, sendo os 3 e 4 mais agravantes, mas, não inibe a preocupação com as moradias que estão nos demais. Nosso trabalho é ir até esses moradores, informar a gravidade do risco onde está localizado o imóvel dele e falar o que ele pode adotar para minimizar o risco”.
Os moradores também são orientados para os cuidados necessários ao fazer intervenções em seus imóveis. “Alertar também a importância de fazer obra com engenheiro civil, responsável técnico, pois, qualquer obra de terraplanagem não se deve fazer sem ir ao setor de planejamento urbano, pegar a licença, buscar o profissional, porque talvez o imóvel não está em área de risco, mas, o próprio morador cria um ponto de risco na sua residência. Então, buscamos mitigar e prevenir, para no momento de chuva aumentar essa segurança”.
- Fotografias relembram maior enchente da história de Caratinga
- Cartazes mostraram situação do rio Caratinga antes e depois de obra de dragagem
- Exposição foi realizada na Praça Cesário Alvim
- Magda Alves, diretora da Defesa Civil, destaca ações desenvolvidas no município para prevenção de desastres