Dados da pesquisa são facilmente ilustrados na BR-474, MG-329 e BR-116
CARATINGA – As rodovias que cortam o estado de Minas Gerais não estão correspondendo a quem precisa utilizá-las diariamente. É o que aponta a Pesquisa CNT de Rodovias 2014 divulgada ontem. O estudo revela que 65,9% das estradas mineiras foram classificadas como regular, ruim ou péssima. Somente 4.937 km (34,1%) foram considerados ótimos ou bons.
Com relação à pavimentação, o levantamento mostrou que 53,3% da malha rodoviária apresenta algum tipo de deficiência, como buracos, trincas, afundamentos, ondulações, entre outros problemas. A pesquisa classificou como regular, ruim ou péssimo, 7.731 km das rodovias do Estado, ante 6.776 km (46,7%) consideradas como sendo ótimas e boas.
A sinalização também se mostrou precária em Minas. Conforme o CNT, 59,8% (8.675 km) das estradas estão com sinalização abaixo do recomendável. O estudo apontou que apenas 40,2% (5.832 km) estão ótimas ou boas.
Praticamente a metade (49,9%) do pavimento das rodovias brasileiras apresenta algum tipo de deficiência, sendo classificado pela Pesquisa CNT de Rodovias 2014 como regular, ruim ou péssimo, por apresentar buracos, trincas, afundamentos, ondulações, entre outros problemas. Em relação à superfície do pavimento, 44,7% da extensão pesquisada está desgastada. A 18ª edição avaliou 98.475 km, que correspondem a toda a malha federal pavimentada e aos principais trechos estaduais. Houve um acréscimo de 1.761 km (1,8%) em relação a 2013. Foram 30 dias de coleta, entre 19 de maio e 17 de junho.
De acordo com dados da pesquisa, as rodovias que cortam a região também não estão satisfazendo os usuários, o cenário é de mau estado de conservação. Elas confirmam que os dados da pesquisa são facilmente ilustrados na região.
Por exemplo, a MG-329 teve avaliação geral como regular, sendo dividida em pavimento (regular), sinalização (regular) e geometria (péssimo). Em trecho que liga Caratinga a Bom Jesus do Galho, a rodovia é estreita e com muitas curvas. Quem passa pelo local ainda reclama da falta de acostamento, o que coloca em risco pedestres e ciclistas que não têm onde se refugiar. Os buracos também tiram o sossego dos motoristas.
Já a BR-116, que corta várias cidades da região, teve avaliação geral regular, mas o pavimento foi considerado bom. Já a sinalização e geometria foram apontadas como regulares. Em Caratinga, trecho do cruzamento próximo à antiga garagem da Itapemirim é alvo antigo de reclamações. O local recebe diariamente um grande fluxo de pedestres, motocicletas, carros, ônibus e caminhões, que necessitam cruzar a BR. Mais uma confirmação de que os resultados da pesquisa também se refletem por aqui.
A BR-474 foi avaliada, no geral, como ruim. O pavimento e a sinalização são considerados péssimos, já a geometria foi avaliada como péssima. Trecho que liga Caratinga a Ipanema também é constante alvo de reclamações pelas crateras que tomam conta da estrada. O mesmo local já também já foi alvo de deslizamentos de terra, que comprometeram a conservação da estrada.