CARATINGA- Quando o Facebook anunciou em 2021 o plano de se tornar uma “empresa de metaverso”, em até cinco anos, o termo ficou em alta, mas também gerou muitas dúvidas sobre um conceito ainda desconhecido pelo público em geral.
Isso não significa, porém, que o metaverso está distante do dia a dia das pessoas. Pelo contrário, diversos projetos e produtos já utilizam a realidade virtual para trabalho, negócios e diversão.
Na região, o projeto Metaverso, idealizado pelo coletivo Cinema na Comunidade, entrou em prática no segundo semestre de 2023, com a utilização de óculos de realidade virtual nas versões quest 2 e quest 3. “No ano de 2024 estaremos em circuito nos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, com mostras de cinema realizadas em experiências no mundo virtual, além de bate-papo, oficinas, workshop e shows em realidade virtual. O acesso à tecnologia de realidade virtual, ainda é desigual, ao levar essa tecnologia de forma democrática para públicos de todas as idades, o projeto Cinema na comunidade vêm fazendo uma enorme inclusão tecnológica, principalmente em comunidades carentes e escolas públicas. O projeto já esteve em dezenas de cidades nos últimos três meses de criação”, destaca Marcone Faria, um dos coordenadores do projeto,
Vinicius Faria, do projeto Cinema na Comunidade, vem apostando em um empreendimento em metaverso que será levado para várias cidades dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, por meio dos óculos de realidade virtual. O investimento inicial do projeto foi a aquisição de 30 unidades de óculos, do modelo meta quest 2 e meta quest 3. “O Cinema na Comunidade tem como meta um investimento muito maior na tecnologia de imersão 3D, para os próximos meses, sendo assim umas das primeiras empresas do Brasil a trabalhar com metaverso para cinema imersivo. Teremos ainda propostas de metaverso para empresas, instituições, escolas e projetos sociais”, afirma.
Para Leandro Martins, membro do coletivo Arte Cine de Caratinga, a principal dificuldade para atingir um público maior no Brasil ainda é o preço alto dos dispositivos de realidade virtual. “Naturalmente, em algum momento essa tecnologia vai estar acessível, igual o smartphone. Há um esforço de empresas de transformar o VR em algo acessível”, diz.
Bill Gates, um dos fundadores da Microsoft, prevê que daqui dois ou três anos, a maioria das reuniões virtuais vai acontecer no metaverso – o mundo virtual com avatares considerada uma das grandes apostas de grandes empresas de tecnologia.
O termo metaverso não é novo. Ele surgiu há dez anos com a obra de Neal Stephenson chamada “Snow Crash”, que sincroniza realidade e ficção através de um jogo onde um entregador de pizza na vida real é um samurai no universo virtual chamado “metaverso”. O livro de ficção cientifica foi o ponto de partida para o surgimento de diversos jogos como Second Life, Roblox, Fortnite e Minecraft, onde jogadores podem criar vidas paralelas em um ambiente virtual.