NOTÍCIAS DO AGRO

El Niño
As incertezas com o tamanho da próxima safra brasileira 2024, bem como com os reflexos dos estragos do El Niño para nossa produção de café em 2025, cresceram enormemente com mais esta severa onda de calor sobre os cafezais brasileiros, com os termômetros, em plena primavera, se aproximando, por vários dias seguidos, dos 40º Celsius. Segundo matéria publicada hoje no jornal Valor Econômico, ondas de calor mais fortes no próximo verão estão no radar de especialistas.

Ice
Sexta-feira (17), na Ice Futures US, em Nova Iorque, os contratos de arábica para março próximo bateram em US$ 1,7200 na máxima do dia e encerraram o pregão em queda de 455 pontos, a US$ 1,6665 por libra peso. Já na ICE Europe, em Londres, os contratos de café robusta para janeiro próximo caíram na sexta 45 dólares, fechando a US$ 2.521 por tonelada.

Estoques
Os estoques de cafés certificados na ICE Futures US permaneceram estáveis na última sexta-feira (17) em 289.699 sacas. Há um ano eram de 484.089 sacas, quando já eram considerados criticamente baixos. Caíram neste período 194.390 sacas. Caíram na última semana 12.536 sacas e na semana passada 57.774 sacas. No mês de outubro a queda totalizou 52.807 sacas. No mês de setembro esses estoques caíram 58.986 sacas. No mês de agosto, a queda foi de 45.369 sacas e no mês de julho de 16.163 sacas. No mês de junho, recuaram 38.603 sacas. No mês de maio caíram 96.645 sacas e no mês de abril, a queda totalizou 62.731 sacas.

Valores

Em reais por saca, os contratos para março próximo em Nova Iorque encerraram na sexta-feira (17) o pregão a R$ 1.081,28. Quinta-feira (16) fecharam valendo R$ 1.102,88, na quarta-feira (15), feriado nacional no Brasil, terminaram o dia a R$ 1.126,47. Fecharam a sexta-feira (10) passada valendo R$ 1.108,84.

Mercado
No mercado físico brasileiro, no decorrer da última semana, os compradores melhoraram suas ofertas até ontem no período da manhã, depois, com o recuo das cotações na ICE em Nova Iorque, diminuíram o valor de suas ofertas. Houve um número razoável de vendas até a manhã quinta-feira (16). O volume de negócios fechados continua abaixo do usual para esta época do ano.

Embarques

Até dia 17, os embarques de novembro estavam em 1.433.127 sacas de café arábica, 315.396 sacas de café conilon, mais 83.141 sacas de café solúvel, totalizando 1.831.664 sacas embarcadas, contra 1.628.794 sacas no mesmo dia de outubro. Até o mesmo dia 17 os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em novembro totalizavam 2.360.745 sacas, contra 1.934.598 sacas no mesmo dia do mês anterior.

Bolsa Nova Iorque
A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 10, sexta-feira, até o fechamento do dia 17, caiu nos contratos para entrega em março próximo 390 pontos ou US$ 5,16 (R$ 25,30) por saca. Em reais, as cotações para entrega em março próximo na ICE fecharam no dia 10 a R$ 1.108,84 por saca, e sexta-feira, dia 17, a R$ 1.081,28. Ainda na última sexta, nos contratos para entrega em março, a bolsa de Nova Iorque fechou em baixa de 455 pontos.

Manchete do dia

Últimas Notícias

Minas
Exportações mineiras alcançam US$ 37,3 bilhões no ano e estado tem o maior superávit nacional em outubroResponsável por quase 13% das exportações brasileiras, Minas tem o melhor desempenho na balança comercial pelo segundo mês consecutivo DA REDAÇÃO – Com o aumento de parceiros comerciais, Minas Gerais encerrou os dez primeiros meses deste ano com US$ 37,3 bilhões em exportações. O valor representa um crescimento de 5,3% em relação ao mesmo período de 2024. O estado foi responsável por 12,9% das comercializações nacionais, sendo o terceiro maior exportador no acumulado de 2025. No mesmo período, o saldo da balança comercial alcançou superávit de US$ 21,9 bilhões. Até outubro, as importações somaram US$ 15,4 bilhões, um crescimento de 9,1% em comparação ao mesmo período de 2024. Minas segue sendo o quinto principal importador brasileiro. Ainda segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), Minas Gerais registrou o terceiro maior fluxo comercial do Brasil (US$ 52,7 bilhões). O valor representa um crescimento de 6,4% ao do ano anterior. “Os resultados reforçam que estamos no caminho certo para encerrar 2025 com números maiores do que foi registrado em 2024. Isso reflete o fortalecimento de Minas como ator importante no comércio exterior, que se deve ao apoio do Governo do Estado aos empreendedores mineiros”, afirma a secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede-MG), Mila Corrêa da Costa. Café, ouro e veículos impulsionam Entre os produtos exportados no ano, as vendas de café aumentaram em US$ 2,7 bilhões, um aumento de 44,6% frente aos dez primeiros meses de 2024. Na sequência, vem o ouro com US$ 1,2 bilhões (72,6%) e os veículos com US$ 248,6 milhões (89,6%). No ano, Minas exportou seus produtos para dez países a mais do que em 2024, reforçando o potencial do estado em alcançar novos parceiros comerciais. No período, houve crescimento das exportações para 105 mercados, dentre os quais o Canadá registrou o maior valor e percentual (US$ 582 milhões e 66,8%). Em seguida, vem a Argentina (US$ 490,3 milhões e 39,4%); o Reino Unido (US$ 420,8 milhões e 77,4%); o Japão (US$ 237,1 milhões e 26,0%) e a Itália (US$ 232,4 milhões e 31,9%). Maior estado superavitário do Brasil Somente em outubro, Minas somou US$ 4,2 bilhões em exportações, com alta de 12,5% em relação ao mesmo mês do ano anterior, sendo o segundo maior exportador brasileiro no período. Novamente, o estado registrou o maior superávit do Brasil (US$ 2,5 bilhões), pelo segundo mês consecutivo, assim como em setembro. Entre os principais produtos exportados em outubro, o café também foi o produto mais relevante, representando 28,4% da pauta exportadora mineira, seguido dos minérios de ferro e seus concentrados (26,2%); ouro (7,2%); açúcares (4,9%) e ferro-ligas (4,8%). Minas também foi o maior exportador brasileiro de carboneto de silício (US$ 2,4 milhões); tijolos, placas (lajes), ladrilhos e peças cerâmicas semelhantes (US$ 2,3 milhões); medicamentos (US$ 2,3 milhões); e queijos e requeijão (US$ 430,2 mil). Varginha foi a principal cidade exportadora em outubro, com participação de 8,2% nas vendas mineiras para o exterior, seguida por Guaxupé (7,2%), Nova Lima (5,3%), Paracatu (5,3%) e Araxá (4,9%). Lideram nas importações No décimo mês de 2025, as compras internacionais somaram US$ 1,7 bilhão. As principais mercadorias adquiridas foram: automóveis de passageiros (5,7%); adubos (fertilizantes) azotados (4,1%); hulhas (3,6%); veículos automóveis para transporte de mercadorias (3,3%) e partes de tratores e veículos de uso especial (3,3%). Betim liderou nas importações entre os municípios importadores, com percentual de 17,2%. Na sequência vem Extrema (12,8%), Uberaba (12,0%), Pouso Alegre (5,7%) e Belo Horizonte (5,1%).