CARATINGA – O Espaço Cultural FUNEC se transformou, nos dias 24 e 25 de novembro, em um verdadeiro laboratório criativo do audiovisual. A oficina sobre “Direção de Imagens e Cenários Virtuais”, promovida pela Filminas, reuniu profissionais experientes, jovens criadores e apaixonados pela linguagem cinematográfica, todos em busca de atualização, troca e novos caminhos para contar histórias.
Logo na entrada, o som dos equipamentos sendo ligados já dava o tom do encontro. Câmeras de cinema, lentes variadas, painéis de LED e sistemas de transmissão ao vivo – inclusive os utilizados em grandes eventos esportivos – ocuparam o auditório, criando um ambiente que misturava técnica, curiosidade e energia criativa.
“O objetivo aqui é abrir portas. A tecnologia evolui muito rápido, e quem trabalha com audiovisual precisa acompanhar essa mudança com preparo e sensibilidade”, explicou Rodrigo Marron, um dos palestrantes convidados.
Ao lado dele, o especialista em edição, montagem e pós-produção, Wellington Silveira, reforçou a importância da realização: “Hoje o audiovisual não é mais um luxo, ele é uma necessidade. Tudo o que a gente faz passa pela comunicação – seja para informar, educar, vender, mobilizar ou simplesmente emocionar. E quando você entende a linguagem audiovisual, você abre portas. Não importa se está na escola, na saúde, no comércio ou no setor cultural: contar bem uma história faz diferença. O audiovisual aproxima, traduz ideias e conecta pessoas. E, num mundo em que todo mundo produz conteúdo o tempo inteiro, quem domina essa linguagem tem voz. É por isso que formar novos olhares é tão relevante.”
Encontro de gerações
Além das demonstrações técnicas, a oficina foi espaço de encontro entre diferentes gerações do audiovisual. Profissionais que começaram a carreira ainda no período analógico dividiram suas trajetórias com estudantes e jovens criadores que já nasceram no mundo das telas.
O fotógrafo Renato Ferraz, com décadas de experiência, referência na região, fez questão de participar da oficina. “Meu avô e meu pai eram fotógrafos. Eu sou a terceira geração da minha família nesse segmento e, não parou em mim! Meus filhos, a Carol e o Renato, são grandes talentos e eles são exatamente desta área, do vídeo… E nós estamos vivendo aqui uma grande experiência, com entrega total dos profissionais que aqui estão, repassando muito conhecimento. Eu estou impressionado com tanta evolução e novidade!”, contou.
O futuro do audiovisual também foi bem representado pela juventude animada que participou do evento. Eles mostraram bastante interesse e vontade de aprender, trazendo novas ideias e a energia vibrante da geração mais jovem. A interação entre diferentes idades foi um dos destaques, ajudando na troca de experiências e estimulando o surgimento de novas propostas para o crescimento da produção audiovisual.
“Tá sendo uma imersão bem densa, com muito aprendizado, e eu estou tentando absorver o máximo possível, com gente que sabe fazer, para, no futuro, poder colher bons frutos de toda essa vivência aqui.”, destacou o jovem Guilherme Silva.
Experimentação e futuro
Durante dois dias, os participantes puderam experimentar setups de filmagem, testar rotinas de transmissão ao vivo, criar cenários virtuais e entender como a composição visual influencia a narrativa. A interação intensa marcou a oficina, que seguiu em clima colaborativo.
E à medida que os equipamentos eram desligados no fim do segundo dia, ficava a sensação de que o encontro tinha plantado sementes importantes. Ideias foram anotadas, contatos trocados, projetos imaginados. Porque, entre câmeras apontadas e futuros em construção, Caratinga mostrou que tem muito a dizer e está pronta para o próximo take.









