Copasa afirma que chuvas possibilitaram a recarga do Ribeirão do Lage
CARATINGA- A Copasa informa que as últimas chuvas possibilitaram a recarga do Ribeirão do Lage, e a cidade de Caratinga está sendo abastecida normalmente. No entanto, o risco de desabastecimento futuro não está descartado, caso as chuvas não se mantenham constantes.
A água que abastece a cidade é captada no Ribeirão do Lage, através de outorga de direito de uso de água de 242 litros por segundo, concedida pelo Departamento Estadual de Recursos Hídricos – Portaria nº01/1996. Desta vazão outorgada, atualmente a Copasa retira cerca de 200 litros/segundo, durante 22 horas diárias, volume suficiente para o abastecimento de toda população.
No dia 2 de fevereiro, a Copasa falou do prolongamento da estiagem na bacia hidrográfica e de intervenções no ribeirão, à montante da captação da empresa, provocando a redução significativa da vazão do manancial. No dia seguinte, após nova fiscalização, foi identificada uma queda da vazão na Estação de Tratamento de Água de Caratinga, baixando para 170 litros/segundo, quantidade esta insuficiente para a garantia da normalidade do abastecimento na cidade de Caratinga. O município chegou a cogitar a hipótese de decretar estado de emergência, caso não chovesse nos primeiros dias de fevereiro.
Porém, na noite de quarta-feira (4), os caratinguenses foram surpreendidos com uma chuva de 30 milímetros, em quarenta minutos. A previsão ainda era de cinco dias de chuvas para a cidade, o que possibilitou o alívio da crise hídrica nos reservatórios.
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Canalização tem potencial necessário para evitar inundações, diz Copasa
A previsão é de chuvas até o início da próxima semana. Na quarta-feira (4), apesar de tão aguardada, a chuva pegou de surpresa os caratinguenses e muitas pessoas tiveram alguns transtornos com alagamentos. O Bairro Santa Cruz foi o mais afetado, com o transbordo do córrego.
Em todas as residências que a Reportagem visitou, os moradores destacaram que os danos sofridos estavam diretamente ligados às obras de canalização dos córregos São João, Santa Cruz e Sales. Eles acreditam que alguns erros técnicos fizeram com que houvesse alagamentos em trechos com maior estrangulamento do rio.
Na tarde de ontem a Copasa respondeu à solicitação do DIÁRIO, informando que a obra de ampliação do sistema de esgotamento sanitário de Caratinga, realizada pela Copasa, foi dimensionada para atender às condições adequadas de escoamento das águas pluviais e com potencial necessário para evitar inundações. Porém, interferências com edificações, galerias e pontes existentes, podem comprometer o escoamento da vazão, causando represamento e eventuais inundações.
O projeto de engenharia da obra foi elaborado com base em avaliações técnicas, econômicas, normas específicas e bibliografia pertinente. No entanto, as galerias, bueiros e pontes não são dotados da mesma capacidade de escoamento de água, por se tratarem de estruturas antigas que merecem adequações e/ou substituição.
A Copasa ainda afirma que orientou o município a viabilizar as adequações e/ou substituições necessárias das edificações situadas nos córregos São João, Sales e Santa Cruz, no intuito de minimizar os impactos de eventuais enchentes. Mas, mesmo após o projeto e obra de canalização, construções avançaram às margens dos córregos, juntamente com o lançamento de lixo e entulho nos canais.