CARATINGA – Alunos do Ensino Infantil da Escola Professor Jairo Grossi participaram de uma noite de autógrafos na entrega de livros escritos de próprio punho. O objetivo do evento “Uma Noite de Autógrafos” foi mostrar a evolução do processo de alfabetização da base de ensino, representando a culminância de um projeto desenvolvido pelo corpo docente do educandário para tornar mais eficiente o processo de aprendizagem ao longo do ano letivo.
O Centro de Convenções – Ginásio Dário Grossi, Campus I, do Centro Universitário de Caratinga (UNEC), foi o cenário da noite de festa e ficou lotado de papais, mamães e vovós, visivelmente mais corujas do que nunca. A diretora, professora Francisca Pires, preparou com muito carinho uma estrutura aconchegante para receber as famílias, com personagens das histórias infantis, balões coloridos e um requintado coquetel. No telão, os pais puderam assistir as atividades desenvolvidas em sala de aula que levará até a conclusão dos livros.
A professora Márcia Barbosa dá detalhes do projeto: “O incentivo e a motivação são essenciais no desenvolvimento do processo de alfabetização no que diz respeito à leitura e escrita. Quanto maior o envolvimento dos pais, melhor o desenvolvimento da criança. O lançamento desses livros representa o primeiro texto escrito por essas crianças, sendo a culminância de um projeto que se estendeu ao longo do ano e que, portanto, se configura em um marco na vida delas nessa fase de ensino”.
“Muito importante esse momento em que os alunos do Ensino Infantil mostram o que aprenderam em sala de aula ao longo do ano. O processo de aprendizagem acontece na motivação da criança. O desejo de saber mais se intensifica a partir da motivação e do incentivo. A representação pedagógica ao autografar esse primeiro livro é imensurável, tanto para o desenvolvimento da criança, quanto para a satisfação da família em observar os resultados alcançados”.
Para o pedagogo Paulo Freire, aprender a ler e a escrever é, antes de tudo, aprender a ler o mundo, compreendendo suas diversas nuances. Logo, o indivíduo alfabetizado tem seu universo ampliado e pode exercer de forma digna a cidadania. Segundo o professor, só se aprende a ler, lendo, e só se aprende a escrever, escrevendo. A professora Márcia Barbosa deixa um recado para os alunos: “Deixem-se enveredar pelo mundo da leitura e escrevam suas inspirações, pois as portas do conhecimento se abrem quando isso acontece”.
O aluno Cauã Lima, com toda sua pinta de escritor nato, brinquinho brilhante na orelha esquerda, falante e extrovertido, até já fala como escritor também. Ele elegeu o avô como herói da história do seu livro: “Escrevi sobre o Batman, na sua luta contra o Coringa, que congela o mundo e o vovô chega pra ajudar e descongela tudo, salvando o mundo e as pessoas das garras do Coringa. Meu avô fez parte da minha história e eu o agradeço muito por isso”.
Cauã, quem agradece é o futuro da literatura!