Fiéis de várias paróquias vieram prestigiar o evento que aconteceu neste domingo (28) no Campus II do UNEC
CARATINGA – Milhares de fiéis acompanharam na tarde deste domingo (28), no Campus II do UNEC, a celebração eucarística que deu início as comemorações dos 100 anos da diocese de Caratinga. A cerimônia foi presidida pelo bispo dom Emanuel Messias e contou com a presença de mais sete bispos e dezenas de padres.
Antes da missa, dom Emanuel Messias, após conversar com a imprensa presença, entrou no ambiente festivo em um Ford 1929, referência à figura de dom João Batista Cavati, já que ele tinha um carro deste modelo. Na sequência foram erguidas bandeiras das cidades que compõem a diocese, dos brasões dos bispos, do Brasil e do Vaticano.
A imagem de São João Batista foi levada até o bispo pelos padres Demerval, Humberto Borelli e monsenhor Raul. Em seguida, dom Emanuel fez a oração do centenário.
HOMILIA
Na homilia, bispo destacou a discipulado missionário e a história da diocese. Dom Emanuel valorizou a liturgia da Palavra da natividade de São João Batista. “João significa ‘Deus é misericordioso’. Essa é a grande notícia que o precursor do Messias veio nos trazer”, disse.
“Estamos celebrando a natividade de São João Batista, lâmpada que arde e ilumina, este é o lema de nosso centenário. Deus em sua infinita misericórdia faz maravilhas no meio de nós. Assim como a Mãe de Jesus já tinha cantado as maravilhas de Deus, também nós queremos cantar as maravilhas de Deus no meio do povo. Discípulos missionários. Queremos continuar sendo luz do mundo para iluminar a vida de nossos irmãos e irmãs”, afirmou o bispo. “Luz como instituição, como comunidade e como pessoa. A Igreja trabalha para que os rostos desfigurados de nossos irmãos carentes de amor, de fé e de recursos sejam transfigurados, no rosto iluminados de Cristo ressuscitado”, acrescentou.
Recordando a história da diocese, dom Emanuel afirmou: “Hoje temos o privilégio de celebrar nosso centenário. Somos privilegiados, pois estamos colhendo os frutos de todos os que nos antecederam, com todas as suas dificuldades, suas carências de recursos materiais e humanos”.
Depois, o bispo citou vários pontos da história da diocese, desde sua criação, citando os seus cinco antecessores e nomes de padres que marcaram a história, como monsenhor Aristides Marques da Rocha e padre Júlio Maria de Lombaerd. Dom Emanuel lembrou ainda da presença da diocese nas áreas da saúde, educação e promoção humana.
“Podemos afirmar em sã consciência que a Igreja nestes cem anos cuidou do seu povo carente, doente, educando-o, como uma mãe cuida de seus filhos. Que o nome de Deus seja louvado em cada um de nós que se dedica a viver o discipulado missionário, ajudando a construir a história de nossa diocese”, disse dom Emanuel.
Na sequência, seis leigos, representando as seis foranias da diocese, proclamaram as preces e foi feita a procissão do ofertório.
HOMENAGENS
Ao final da celebração, algumas homenagens marcaram o momento. Dom Paulo Mendes Peixoto, arcebispo de Uberaba, lembrou sua relação com a diocese e, como presidente do regional leste 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), parabenizou à diocese por seu aniversário. O arcebispo de Mariana, dom Geraldo Lyrio Rocha, valorizou o momento, parabenizando ao bispo, dom Emanuel, e a “todo o povo de Deus na diocese”.
Dom Emanuel lembrou ainda a presença de alguns símbolos na celebração. De acordo com o bispo, o anel que usava durante a celebração pertencia a seu antecessor, dom Hélio Gonçalves Heleno. O cálice usado teria sido o cálice de dom Carloto Távora, primeiro bispo da diocese. O báculo teria pertencido ao terceiro bispo, dom João Batista Cavati. Além disso, o bispo tornou a mencionar o uso do Ford 1929 na procissão de entrada, fazendo referência a dom Carloto e também ao monsenhor Rocha.
Por fim, leu-se a ata da comemoração e uma mensagem da nunciatura apostólica no Brasil para a ocasião.