Colheita
A colheita da nova safra brasileira de café continua avançando com boa velocidade. A do arábica, já passou dos 50%, e, no Estado de São Paulo, onde está mais avançada, se aproxima dos 70 %. A do conilon está próxima do final. Os cafeicultores estão satisfeitos com a qualidade média, mas muitos relatam que o volume é menor do que projetavam. Falam que o volume colhido em suas propriedades está acima do que produziram em 2022, mas abaixo do que estimavam antes de iniciarem os trabalhos de colheita.
Colheita II
Mesmo com a colheita do conilon próxima do término, a Cooperativa de Cafeicultores de São Gabriel, no Espírito Santo, relata que recebeu 30 % menos café do que no mesmo período em 2022. A expectativa da Coobriel é fechar o ano com volume 20 % menor que em 2022 (fonte: revista Globo Rural).
Colheita III
Os resultados observados até agora na colheita da safra brasileira; a instabilidade do clima em todo o mundo, com as temperaturas no verão do hemisfério norte ultrapassando recordes históricos; a forte queda nos preços do café e as incertezas políticas no Brasil, estão levando os cafeicultores brasileiros a venderem seus cafés com cautela. Vendem o mínimo que podem, apenas o necessário para cumprir os compromissos mais próximos. Eles também mostram muita apreensão com clima. A chegada forte do El Nino no oceano Pacífico, traz muitas dúvidas sobre o clima nas regiões cafeeiras no segundo semestre deste ano e no início do próximo ano, período em que será definida nossa safra de café 2024.
Contratos para setembro
Em Nova Iorque, os contratos para setembro próximo bateram sexta-feira (21) em US$ 1,6210 na máxima do dia, e terminaram o pregão em alta de 380 pontos, a US$ 1,6185 por libra peso. Na sexta-feira anterior, dia 14/7, esses contratos subiram 320 pontos, e fecharam valendo US$ 1,6080 por libra peso. No balanço da semana passada esses contratos recuaram 10 pontos, e no da semana anterior a passada subiram 190 pontos.
Valores
O dólar fechou sexta-feira (21) em baixa de 0,48 % a R$ 4,7800. Na sexta-feira passada (14) fechou a semana a R$ 4,7950. Em reais por saca, os contratos para setembro próximo, na ICE em Nova Iorque, fecharam na última sexta (21) a R$ 1 023,37. Quinta-feira (20) encerraram o dia valendo R$ 1 004,16. Quarta-feira (19) terminaram a R$ 994,28. Na sexta-feira (14) encerraram a semana a R$ 1 019,93.
Mercado brasileiro
O mercado físico Brasileiro permaneceu calmo por toda a última semana. Depois da queda forte de 500 pontos na segunda-feira em Nova Iorque, os compradores foram subindo ao longo da semana as bases oferecidas, acompanhando a ICE americana. Não foi o suficiente para motivar os vendedores. Os produtores continuaram retraídos e poucos negócios foram fechados. O volume de negócios continua pequeno para esta época de início de ano safra.
Embarques
Até dia 21, os embarques de julho estavam em 1.190.982 sacas de café arábica, 211.812 sacas de café conilon, mais 116.793 sacas de café solúvel, totalizando 1.519.587 sacas embarcadas, contra 1.324.808 sacas no mesmo dia de junho. Até o mesmo dia 21 os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em julho totalizavam 1.652.552 sacas, contra 1.514.375 sacas no mesmo dia do mês anterior.
Bolsa Nova Iorque
A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 14/7 até o fechamento do dia 21/7, subiu nos contratos para entrega em setembro próximo 105 pontos ou US$ 1,39 (R$ 6,64) por saca. Em reais, as cotações para entrega em setembro próximo na ICE fecharam no dia 14 a R$ 1.019,93 por saca, e, dia 21, a R$ 1.021,48. Ainda na última sexta, nos contratos para entrega em setembro, a bolsa de Nova Iorque fechou em alta de 380 pontos.