Evento, que incentivará o aleitamento materno e faz parte da campanha Agosto Dourado, acontecerá amanhã
CARATINGA- Com a proposta de reforçar a campanha Agosto Dourado, que busca a conscientização acerca da importância do leite materno na alimentação dos primeiros anos de vida dos bebês, a equipe da Secretaria de Saúde organiza o evento “Hora do Mamaço”.
A ação que acontece em todo o País, acontecerá em Caratinga, na Praça Cesário Alvim, em frente ao Coreto. Na ocasião, algumas mães farão um ato público de amamentação. Este ano, a ação tem como tema “Empoderar pais e mães e favorecer o aleitamento materno”.
O encontro acontece amanhã, a partir das 8h e engloba diversas atividades, como apresentações musicais, atendimento em stands, palestra com a psicóloga e doula, Pâmela Rocha; distribuição de brindes, homenagens e depoimentos de mães sobre amamentação.
A secretária de Saúde Jacqueline dos Santos explica a importância da realização do evento na cidade. “Enquanto município, é uma alegria enorme a realização desse evento. Primeiro que estamos aqui hoje trabalhando o Agosto Dourado, mês do aleitamento materno, nesse incentivo à amamentação, bem como a importância. Chegamos junto dessa causa, trazendo para a população esse demonstrativo. Teremos o Mamaço, justamente uma apresentação, mães amamentando e as pessoas aqui totalmente envolvidas enquanto saúde. Vamos trazer a importância desse aleitamento para a criança, além de contribuir para a relação entre mãe e bebê”.
Milene Luppis, coordenadora de Promoção à Saúde, frisa que uma ampla programação está prevista para esta sexta-feira (23). “Todas as pessoas estão convidadas, mas esse convite vai especialmente para as puérperas, aquelas que estão amamentando e as gestantes. Vamos ter aqui várias atrações, palestras, entrega de brindes, sorteios, orientação individual e a odontologia de Caratinga com orientações sobre limpeza da boca do bebê e da mãe; a forma correta da pega para se amamentar. Vai ser uma oportunidade de conhecer, tirar as dúvidas e quebrar os mitos a respeito da amamentação”.
A AMAMENTAÇÃO
Telma de Assis, que é doula e coordenadora do Movimento Ísis Materna, afirma que o movimento social apoia qualquer iniciativa, que seja em prol da saúde da população. “A amamentação é a primeira vacina de todo ser humano, então quando é possível essa amamentação acontecer, os benefícios ao longo da vida são inúmeros, sem contar o vínculo. Então, estamos sempre à disposição e promovendo, juntamente também com parceiros, eventos nesse sentido”.
O aleitamento materno promove benefícios nutricionais para os bebês, melhora a saúde da mulher e ainda fortalece o vínculo entre mães e filhos, conforme destaca Telma. “São inúmeros benefícios, mas temos exemplos de prevenção de doenças crônicas como obesidade, hipertensão arterial, alergias e sem contar no vínculo materno mãe e bebê, que iniciando nesse momento da amamentação tende a permanecer. A mãe pode conseguir nesse momento a perda de peso, voltar ao peso que tinha antes, quando tem essa natureza, fora a saúde de modo geral, produzindo hormônios que vão auxiliar na prevenção de câncer de mama, doenças femininas”.
Para Telma, no Brasil não existe resistência com relação ao desejo de amamentar, no entanto, a desinformação é o principal obstáculo. “O que infelizmente falta é rede de apoio e informação suficiente de toda uma sociedade. Uma mãe amamenta junto quando todos à sua volta amamentam. A última pesquisa realizada no Brasil foi que a média de amamentação nacional é de 54 dias apenas. É muito pouco em relação ao desejo de todas as mães amamentarem, então vemos que falta termos mais informação e apoio”.
Telma enumera alguns mitos em torno do ato de amamentar e que precisam ser rompidos. “Flacidez exagerada pelo aleitamento, porque teve prótese e questões emocionais mesmo, como de privação de sono e exclusividade para o bebê durante aquele tempo. Temos que entender que realmente a situação física é muito complicada nesse momento em que acabou de nascer o bebê, a vida toda muda, os horários já não são mais os mesmos. A mãe fica numa dificuldade emocional muito grande, temos que tentar apoiá-la, inclusive se ela não deseja, esclarecer, mas também não fornecer, pois é uma coisa muito pessoal e sofrimento não é bom para ninguém, nem para a mãe nem para o bebê”.
Fernanda Marques, dona de casa, é mãe de Júlia de 10 meses de idade. Ela apoia o evento e incentiva a amamentação. “No momento ela não amamenta mais, mas eu pude amamentá-la até os seis meses. E amamentação é uma prova de amor, é um processo exaustivo, cansativo, mas nos torna mais próximas das crianças e é um prazer imenso, acima de tudo saúde. O que contém no leite, nenhuma outra fórmula pode suprir. Prove que você ame seu filho, para isso somos chamadas, mãe é isso: amor”.