Moacir de Oliveira Junior foi condenado por homicídio qualificado majorado consumado, por motivo torpe, meio cruel, e recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa da vítima Valquíria Lima Dias, e feminicídio do Código Penal, a 45 anos de reclusão, em regime inicialmente fechado.
Segundo a denúncia, o crime ocorreu no dia 15 de junho de 2024, por volta das 3h14, na Rua Jeremias, nº 67, Bairro Serapião, em Dom Cavati, pertencente a comarca de Inhapim. O acusado, Moacir de Oliveira Junior, de 29 anos de idade à época dos fatos, agindo de forma livre e consciente, matou Valquíria Lima Dias de 28 anos à época dos fatos, desferindo contra ela 40 golpes de faca.
Consta que o crime foi motivado por ciúmes, após o acusado descobrir que a vítima estaria grávida de outro homem, o que deu início a uma discussão.
O denunciado então iniciou os ataques com golpes de faca, afirmando que, caso ela não ficasse com ele, não ficaria com mais ninguém. O filho mais velho da vítima, de apenas 12 anos de idade, tentou intervir para salvar a mãe, mas não conseguiu impedir o crime, diante da superioridade física do acusado e da violência empregada contra o menor.
O processo tramita perante a 2ª Vara Cível, Criminal e da Infância e da Juventude da Comarca de Inhapim, e a tese acusatória abordada em Sessão do Tribunal do Júri foi integralmente acolhida pelos jurados, condenando o acusado a 45 anos de reclusão, em regime inicialmente fechado. Sua prisão foi decretada ainda em plenário.
O Ministério Público enxerga, nesse crime, não apenas a tragédia de uma mulher assassinada com requintes de crueldade, mas também o clamor de toda a sociedade por justiça diante de uma violência covarde, motivada pelo sentimento de posse e pelo desprezo pela vida alheia. Na visão dos Promotores de Justiça, Igor Heringer Chamon Rodrigues e Jonas Junio Linhares Costa Monteiro, a condenação representa uma importante vitória no enfrentamento aos casos brutais de feminicídio.
