Artistas da cena local respondem essa pergunta e apontam caminhos
CARATINGA – Nesta segunda-feira, 13 de julho, é comemorado o Dia Mundial do Rock. A data é em virtude da realização do Live Aid, idealizado por Bob Geldof. Esse festival aconteceu em Londres (ING) e na Filadélfia (EUA) Foi um festival histórico, feito para arrecadar doações para famílias pobres na Etiópia. A produção contou com uma das maiores transmissões em larga escala por satélite e televisão de todos os tempos, resultando em mais de 1,5 bilhão de espectadores.
Surgido na metade do século passado no Estados Unidos, esse estilo musical nasceu como consequência da mistura entre blues, jazz, folk, country e rhythm and blues. Com o passar dos anos foi ganhando novas formas, ganhou as paradas de sucesso e ajudou a mudar o mundo, se tornou um estilo de vida. Tem suas fases difíceis, mas como canta Neil Young, “Hey, hey, ouçam isso, Rock ‘n roll nunca morrerá, há mais no quadro do que os olhos podem ver”.
E aproveitando esse tema, o DIÁRIO ouviu nomes da cena local, que responderam a seguinte pergunta: Caratinga dá Rock? Pelas respostas, dá sim e dos bons. Eles analisam o movimento na Cidade das Palmeiras e apontam caminhos.
Caratinga sempre deu Rock
Acho engraçado quando alguém me pergunta: Caratinga dá rock? Caratinga sempre deu rock. Galera está sempre tentando fazer algo benevolente para a cena da cidade. Agora quando me perguntam se a cena tem apoio a minha resposta é rápida e direta: não.
Os eventos gratuitos sempre lotam de gente e os eventos pagos, que inclusive são feitos em locais públicos na raça, nem sempre. Mas alguns eventos maiores, que são bem divulgados e que tem um investimento sempre vai mais gente. Uma questão interessante também, é não focar apenas público da cidade. A região é muito grande e com boas iniciativas é possível atrair a galera das cidades vizinhas. Além de atender um público maior, isso gera boas oportunidades de renda e movimenta a economia local.
Eu acho que é um erro colocar expectativas demais no público local, porque o público do rock não é tão grande quanto os dos outros estilos musicais. Acho que deveriam pensar em algo mais regional. Temos como exemplo a organização do show da banda Krisiun (que é extremamente respeitada). A maior parte do público não era da cidade. Não apenas esse evento, como diversos eventos dos organizadores deram público. Detalhe: Tudo feito na raça.
Porque alguns eventos dão muitas pessoas e outros não? Com certeza tem uma série de fatores envolvidos. Caratinga teve e tem muitas bandas bacanas na cena. Infelizmente hoje temos poucas que estão na ativa devido à falta de apoio e pela limitação de fazerem apenas shows na cidade. A falta de bons eventos acabam desanimando os artistas. Faltam mais iniciativas concretas que possam contribuir para o crescimento da cena. Caratinga dá rock sim.
Ana Lima – Vocalista da Kaliarch
Já ouviram a seguinte frase: Rock é música de maluco, esses caras ficam balançando a cabeça, só deve ter loucos. E realmente o rock foi sempre criado dentro de um cenário nada conservador, imagina só que as primeiras composições de seu percursor o Blues, foram feitas por escravos afro-americanos nas fazendas de algodão durante o trabalho, no meio de uma luta por direitos civis.
Pensa então nos anos 60 ou 70 onde as mulheres estavam lutando por sua liberdade, sua participação social, isso era loucura, estavam nos Estados Unidos ou na Europa e as músicas e bandas eram nessa linha de pensamento e composição. Ah e como dizia Raul Seixas “Hey anos 80, melancolia e promessas de amor”, muito rock no Brasil, fim da ditadura, opa veio a Aids, hora de se cuidar e os compositores roqueiros falavam de todas essas esperanças e mazelas nas suas canções, coisa de louco.
Anos 90 era da luta das minorias por acesso a educação, saúde, aos meios de comunicação, a cultura, a arte muito rock, essa a geração que eu cresci e vivi literalmente, o que os artistas de rock reproduziam em suas criações, aí vieram os anos 2000, 2010 e com exceção de algumas ótimas bandas de rock americanas e europeias que surgiram, tivemos meio que uma parada, isso talvez por muitas perdas de artistas causadas pelos problemas com abuso de álcool , drogas e depressões durante toda história do Rock, penso que nos tornamos roqueiros mais saudáveis e qual o problema de ser roqueiro e saudável ou vai falar que é loucura também, aí vem 2020 e de repente outra reviravolta social, outra guerra pela vida, Covid-19, uma ótima época para o rock renascer em casa, hora de compor, expressar nossas emoções através da arte de compor neste momento tão difícil de Pandemia, desenhar, pintar, cantar, escrever.
Caratinga terra do Menino Maluquinho e como Rock é coisa de maluco, quer cidade melhor pra esse gênero musical ser ouvido e sou de uma geração de muitos roqueiros, de muitas bandas , muitas músicas autorais, eu mesmo já lancei alguns trabalhos autorais com as bandas Audácia, Us Ordinários, Submundo e tenho um vídeo clipe em meu projeto solo, onde irei lançar também um EP virtual em breve e tenho muitos amigos que também têm seus trabalhos tanto autorais, quanto covers, muitas fomentadas ali aos pés do Menino Maluquinho, na pista de Skate e que por muito tempo foi pelo menos pra mim local de muitas inspirações e composições, somos malucos, mas não somos bobos, no meio desta Pandemia, assim como a estátua, nosso símbolo estou usando máscara e ficando em casa o máximo possível, pois é Freud nos falou da castração em seus estudos , Sun Tzu a Arte da Guerra, Admirável Mundo Novo, bons livros, nada como compor no quarto em casa faz parte. E pra finalizar em homenagem ao Dia Internacional, Caratinga dá Rock sim e de primeira qualidade, com todas as vertentes e ideologias que essa arte tem a nos oferecer e com um cenário muito propício ao Rock n’ Roll.
Ícaro Cat – Músico e compositor
Claro que sim e com o incentivo certo, poderá ter muito mais. Meu nome é Ítalo Ferreira, mais conhecido no meio musical como Ítalo Joe, natural de Caratinga, tenho 31 anos e sou musico desde os meus 15 anos de idade e toco nas bandas VéioJoe e Uncle’s Band. Sempre considerei nossa cidade um celeiro, não só de músicos, mas de artistas em geral. Falando da área musical, sempre senti falta de apoio, tanto por parte da iniciativa privada, quanto publica, e quando isso acontece, gera um enfraquecimento no meio artístico. É perceptível a redução de novos músicos e consequentemente de novas bandas que não são do estilo sertanejo. Mas acredito que com a inserção digital cada vez mais forte, os músicos e bandas independentes terão cada vez mais espaço e espero que surjam novos artistas, pois precisamos de gente nova, engajada e unida para movimentar e mostrar a cultura da nossa cidade.
Ítalo Joe – Baterista da Uncle’s Band
Uma pequena reflexão sobre o Rock
Caratinga sempre abrigou os amantes do Rock. Tanto a galera que curte o som das guitarras distorcidas, quanto a turma do barulho que fez e faz esse tipo de som. Aqui na cidade são inúmeras bandas que nasceram nesse cenário, e de todos os subgrupos do gênero. Mas no momento a cena não é lá das melhores. Nem em Caratinga e nem no resto do mundo. Explico.
A atual fase musical do rock n’ roll anda um pouco decepcionante para os adeptos mais devotos do estilo. Tanto para quem viveu o surgimento de grandes bandas (nacionais e gringas), ou pôde participar dos festivais e curtir músicos que marcaram gerações inteiras. Mas também para os mais novos, que gostam de rock, mas não veem surgir algo representativo no gênero.
Pô Nathan, mas então você é um pessimista do Rock? E a minha resposta é um sonoro não. O que vejo é acontecer uma mudança visível e palpável na atitude de quem curte o rock e na forma que o estilo vem sendo apresentado ao grande público.
O “vovô rock n’roll” não fala mais a língua da juventude. Logo ele que sempre foi a grande expressão da juventude! E claro turma, existem bandas novas legais por aí, mas nada relevante como um dia foi o rock n’ roll em seu ápice, tanto em criatividade, atitude e devoção dos seus seguidores. Mas o que será que aconteceu?
A meu ver é justamente o discurso da modernidade e, claro, nosso velho e implacável amigo tempo!
Hoje a oferta de música pelas plataformas digitais é gigantesca. E com a facilidade das redes sociais, as pessoas consomem a música e se sentem perto dos seus artistas preferidos de uma maneira quase íntima. O “Rock Star” tá ali do lado, à distância de um click e isso fez com que os shows não ficassem tão lotados como outrora e o status de “inalcançável” dessas estrelas fosse diminuído.
É fato! Estamos vivendo e observando essa transição de pensamento e atitudes da sociedade, que implica no que as pessoas ouvem e no discurso musical que elas se identificam. O hip-hop e suas vertentes e até o discurso “beberrão sofredor” dos sertanejos hoje falam muito mais a língua da garotada no jeito de vestir, de atitudes que a galera acredita e de discurso mesmo. Exatamente o que um dia foi o Rock n’ roll.
O tempo leva o rock pra um caminho sem volta, os gigantes estão morrendo ou deixando os palcos, e não há nada que podemos fazer contra. É o ciclo natural da vida!
Existe uma banda que vai surgir como um salvador da pátria? Não. O rock morreu, ou vai morrer? Não acredito porque é um estilo de vida e vai muito além do som. Ao meu modo de ver, o Rock n’roll está num caminho até bonito e poético. Ele vai dar as mãos ao Jazz e ao Blues e se eternizar se tornando um Clássico nas prateleiras dos colecionadores e aos ouvidos dos fãs mais apaixonados.
Nathan Vieira – Músico e jornalista
Rock em Caratinga: Grandes feitos nas últimas duas décadas
A cena Rock’n Roll de Caratinga sempre foi muito forte, e ao mesmo tempo não reconhecida pela maioria dos caratinguenses. Sempre aparece um para dizer que o Rock morreu, mas isso sempre será dito por aqueles que não têm a música como parte da vida delas, que lembram-se do rock quando está passando o Rock in Rio na TV. Muitas vezes, um jovem que está naquele momento de rebeldia (pelo menos à alguns anos atrás), geralmente vai para o movimento do Rock/Metal, e isso sempre banalizou o estilo. Nos tempos de hoje, a galera do rock são bem mais tranquilas. Vemos em nossa cidade, por exemplo, que outros estilos de música vêm crescendo e levando junto essa “rebeldia” com os adolescentes, e o rock ficou para trás neste quesito, basta procurar saber. Mas deixando claro, sem preconceito com outros estilos, é somente a realidade dos jovens hoje.
Desde o início dos anos 2000, década que comecei a frequentar os shows, organizar, tocar com minha banda, as coisas sempre rolaram, nunca ficou parado. Sempre tiveram organizadores de eventos para cada época, muitos já nem fazem parte da cena ou já desistiram de vez do rock. Eu sempre estive na luta, juntamente com meus irmãos, fazendo os shows de metal, que é a nossa praia, e nunca ligamos se tem público ou não. Em uma época de escassez de locais para fazer eventos (não só de rock), resolvemos fazer no nosso estúdio que temos na casa da minha mãe (é sério). Trouxemos bandas do RJ, GO, Argentina, Austrália, México. Alguém ficou sabendo? Se não, OK. Mas nunca fizemos por dinheiro e sim por amor. Outro marco importante na história do rock/metal foi quando trouxemos o Krisiun, maior banda brasileira de death metal da atualidade, em 2018. Banda que já fez turnês pelo mundo todo e foram uma das atrações do Rock in Rio. Alguém ficou sabendo? Acredito que a maioria não, mas OK. Nos últimos anos, falando das minhas produções juntamente com meus irmãos, sempre contamos com nossos amigos de fora, do leste de minas para não faltar ninguém, e nunca, só com a galera da nossa cidade, que há algum tempo não é suficiente para as coisas acontecerem.
Sobre minha banda Venereal Sickness, completaremos 17 anos de estrada este ano. Já faz três anos que estamos num ritmo mais devagar desde os primórdios da banda, devido a saída de um integrante que estava na banda desde o início. Recomeço para qualquer banda é difícil, principalmente quando não se tem a banda como foco principal na vida. De todo modo, a banda sempre foi um foco na nossa vida. Desde 2003, início das atividades, já se passaram inúmeras bandas em nossa cidade, ou até mesmo em nossa região, que não resistiram com o tempo, e nós sempre estivemos firmes, provando que música autoral dá certo sim, basta querer mostrar seu som e não ligar para o que os outros vão achar, pois é daí que vem a evolução musical e o prazer em tocar. Viajamos o Brasil quase todo, fizemos uma turnê no nordeste, vinte dias na estrada pelos estados da BA, SE, PE, PB e RN, uma experiência única. Além de shows no RJ, ES e SC, onde tocamos em um dos maiores festivais de rock/metal do sul, o Otacílio Rock Fest. Abrimos shows de várias bandas reconhecidas mundialmente, como Desaster (ALE), Suffocation (EUA), Krisiun, Ratos de Porão, Nervochaos, Funerus (EUA) e muitas outras. Fomos escalados para o Criminal Metal Camp, na Argentina, mas devido a problemas com documentação não pudemos embarcar (ainda vai rolar, podem aguardar). Teve também o Roça’n Roll, este sim o maior festival open air do Brasil, que infelizmente na semana do evento, o ex-integrante nos deixou na mão, fazendo com cancelássemos de última hora. Mas seguimos firmes com a nova formação, destacando nosso guitarrista de Maurício, música experiente de Vitória da Conquista (BA), que vem se dedicando a tocar a banda pra frente, grande amigo, e Gabriel José, daqui da nossa cidade. E estamos aguardando essa pandemia passar para voltarmos com tudo.
Enfim, uma breve resumida do que é a cena cidade, um pouco do que aconteceu nas últimas duas décadas, que foi o que presenciei de perto e que fizemos com minha banda para levar o nome da cidade para fora daqui. E para aqueles que sempre acham que eu sou contra bandas covers, eu só digo que não é ser contra, é querer ver algo bem tocado, músicas inesperadas, com compromisso, e não bandas de dois ensaios para algum show. E para as bandas novas, abusem do som autoral, pense fora daqui, o mundo da música não é fazer turnê pelos bairros da cidade. Satisfação de verdade é ir parar em alguma cidade do nordeste, um fã subir no palco e cantar sua música, é chegar a uma cidade carente de metal e os fãs pedirem para sua banda tocar mais, é receber elogios que o seu som (autoral) é foda!!! E sempre digo, só dou conselhos daquilo que vivi!
Neto – Baterista da banda Venereal Sickness
Caratinga da Rock? Depende (risos)
Eu não sou desses que dizem que o rock morreu. Pelo contrário, ainda é o estilo mais popular do mundo, sendo reproduzido nos mais variados países e nas mais variadas línguas.
Contudo, é certo que atualmente o rock não está no mainstream desde o início do anos 2000, e com certeza perdeu a popularidade desde o meio dos anos 90. E isso reflete, claro, em qualquer lugar do mundo, inclusive em Caratinga.
Mas acreditem, a cena underground aqui já foi pesada!
Eu posso dizer o que eu vi. E em meados de 2005, os shows estavam por todos os lados. Eram produzidos de forma independente, na raça, e eram os melhores. Eu lembro que o pai do Kim do Venereal foi um dos primeiros produtores a levar essa coisa de rock underground pra frente mesmo. Junto com os próprios Neto, Júnior e Kim.
O Klinger do Heavy Metal Online também sempre foi importante, sobretudo na cena do Metal.
Mais tarde, por volta de 2006/2007 mais ou menos, o nosso querido Magno, o famoso Mandioca Dickson, começou a tomar conta da parada, e produzir vários shows por aí. Eu lembro de alguns, mas talvez o mais emblemático seja um “Efeito Underground” (sei lá qual edição), lá no poético Risca-Faca, ali na ponte do Café Itaúna. Rolou rock pra caramba, bebidas, talvez alguns ilícitos (vai saber), porrada… enfim, o pau tava quebrando.
Em 2008 os shows também aconteciam no Casqueiros Bar, ali na Olegário Maciel. Eu não lembro se quem produzia era mesmo a Pedrita e a Leomara, donas do bar, ou se eram outros. Eu sei que ali tinha gente que dormia em cima da mesa de sinuca após o show. Sem contar umas paradas +18 que eu não posso relevar aqui (vou deixar para o programa do João Kléber).
Logo depois, em 2009/10, a Dona Vânia, rainha do rock and roll da cidade, começou a tomar conta do negócio. Lembro de vários shows que ela produzia junto com nosso grande Bahiano no som. Na época o ingresso era 5 conto. E eu nunca tinha dinheiro (estava com 15 anos, numa quebradeira danada). E eu sempre ajudava a carregar o som pra ir nos shows. Nessa época tinha uma galera massa frequentando. Claro, a internet ainda não era tão popular assim, poucos tinham acesso. A rede social mais da hora pra nossa galera era mesmo aqueles shows. Eles aconteciam bastante no Sol e Lua da Sueli, e no Vista Bela, do Binha (inclusive saudades).
Mais ou menos nessa época também, o Tio Camilo (que já era velho de guerra na produção de rock and roll desde a época dele no Estadual), voltou a produzir uns eventos pela cidade (ele), com o Cultural das Palmeiras, junto com o Zennon e com o Nem, e mais uma galera que não vou lembrar agora. Acho que foi uma das primeiras vezes que o Coreto foi utilizado pra Rock pesado mesmo.
Por volta ali de 2013, o Nem junto com o Felipe Manoel e os meninos da Sleep Violent começaram a produzir show adoidado também, na maioria das (senão todas as vezes) no Sol e Lua. Esse aí tem uns vídeos no YouTube inclusive.
Foi mais ou menos nessa época que o Lu Capeta retornou da Itália e começou a produzir uns shows com a galera do Venereal novamente.
Em 2015 foi a vez desse que vos fala, juntamente com meu amigo João Paulo, criamos a Magma Produções Alternativas. A gente tinha uma ideia de profissionalizar esses shows, e sair um pouco do Underground. E na maioria das vezes deu muito certo. Fizemos uma parceria com o Beto do Oasis (atual Império), e lançamos lá o Tributo Fest, o emblemático Independência ou Rock, e coproduzimos o Fest 40 da Jararaca Alegre junto com o Camilim.
Em 2016 nossa parceria foi com nosso amigo Cazuza do Casarão das Artes da Doctum, para produzir os shows lá. Acho que foi um divisor de águas pra instituição casarão. Os jovens sempre acharam cult demais, e nós fizemos rock and roll lá, meio que a gente popularizou praquela galera.
Nesse ano ainda a gente lançou o primeiro Carnarock no Coreto, puta show aquele.
Em 2017 o Cazuza meio que assumiu a parada sozinho, fazendo várias intervenções na Praça das Palmeiras e agregando o Cinema Itinerante junto.
De lá pra cá, o Rock virou mais uma atração. Meio que agora a galera abriu mais o leque musical e cultural dos eventos. Se eu disser que não sinto falta dos shows antigos, bem rock and roll mesmo, vou estar mentindo. Mas creio que tudo seja evolução. Mas em breve Caratinga vai dar rock de novo, podem esperar.
Paulo Bonfá – Músico e produtor cultural