É o câncer de maior incidência na população brasileira atualmente. A doença é ocasionada quando há um crescimento desordenado e anormal das células que compõem a pele. De acordo com a camada da pele que é acometida, classificamos os seus subtipos.
Os mais comuns são os carcinomas Basocelulares (CBC) e os carcinomas Espinocelulares (CEC). São classificados como câncer de pele não melanoma e compõe a maior parte da estatística, do total diagnosticado. Já o Melanoma é o tipo mais raro e mais agressivo de câncer de pele.
Apesar da incidência elevada, o câncer de pele não-melanoma tem alta curabilidade, se for detectado precocemente e empregado o tratamento correto. O autoexame e consultas de rotina com um Dermatologista auxiliam no diagnóstico dessas “pintas suspeitas”.
A radiação ultravioleta é o principal fator de risco para o surgimento desse câncer. Por isso, as áreas mais foto expostas como face, pescoço, colo e braços são os locais do corpo onde eles comumente ocorrem.
Carcinoma Basocelular:
O Carcinoma Basocelular (CBC) é o subtipo mais comum de câncer de pele e também o menos agressivo. Ele é constituído de células basais, comuns da pele. Ele apresenta um crescimento bem lento e normalmente não há metástases a distância. Esse tumor é frequentemente encontrado em áreas mais foto expostas, como a face e pescoço. Podem aparecer na testa, pálpebras inferiores, sendo que a maior incidência está na ponta do nariz. Possui dois subtipos, o Nodular menos agressivo, mais indolente e o Esclerodermiforme, mais agressivo e com pior evolução.
Carcinoma Espinocelular:
O Carcinoma Espinocelular (CEC) é o segundo tipo mais comum de câncer de pele. Ele também cresce em áreas mais expostas ao sol, sendo comum no couro cabeludo, orelha e lábio inferior. A “ceratose Actinica” é uma lesão da pele que é precursora desse tipo de tumor, ou seja, a partir dela pode haver o desenvolvimento de um CEC. Sua evolução é bem mais rápida, com riscos de metástases, nos casos em que o tratamento precoce não é empregado.
Melanoma:
É o tumor maligno originado dos melanócitos, que são as células que produzem melanina (responsáveis pela pigmentação da pele). Ele tem a aparência de uma pinta em tons castanhos ou negros, bordas irregulares, assimetria e podem apresentar sinais de sangramento.
Ele tem uma incidência bem inferior aos outros dois subtipos, podendo ser classificado em: Melanoma nodular, Melanoma Lentiginoso acral, Melanoma maligno disseminado e melanoma maligno.
Fatores de Risco:
- Exposição solar: É o principal deles. A exposição solar excessiva e desprotegida aumenta seu risco.
- Idade e sexo: Acomete mais a partir da 5 ou 6 décadas de vida, sendo que o sexo masculino e mais prevalente que o feminino.
- Características da pele: Maior risco no fototipo I e II, ou seja, pele clara, sardas, cabelos e olhos claros.
- Histórico Familiar
- Histórico Pessoal
- Imunidade baixa
Como prevenir o Câncer de pele:
A melhor prevenção é evitar exposição excessiva ao sol (raios UV) e usar filtro solar regularmente.
A Sociedade Brasileira de Dermatologia recomenda que as seguintes medidas de proteção sejam adotadas:
- Usar chapéus, camisetas e protetores solares.
- Evitar a exposição solar e permanecer na sombra entre 10 e 16h (horário de verão).
- Na praia ou na piscina, usar barracas feitas de algodão ou lona, que absorvem 50% da radiação ultravioleta. As barracas de nylon formam uma barreira pouco confiável: 95% dos raios UV ultrapassam o material.
- Usar filtros solares diariamente, e não somente em horários de lazer ou diversão. Utilizar um produto que proteja contra radiação UVA e UVB e tenha um fator de proteção solar (FPS) 30, no mínimo. Reaplicar o produto a cada duas horas ou menos, nas atividades de lazer ao ar livre. Ao utilizar o produto no dia-a-dia, aplicar uma boa quantidade pela manhã e reaplicar antes de sair para o almoço.
- Observar regularmente a própria pele, à procura de pintas ou manchas suspeitas.
- Consultar um dermatologista uma vez ao ano, no mínimo, para um exame completo.
- Manter bebês e crianças protegidos do sol. Filtros solares podem ser usados a partir dos seis meses.
(FONTE: www.sbd.org.br)
O diagnóstico:
O diagnóstico é feito pela avaliação clínica feita por um Dermatologista e pela biópsia de um fragmento de pele local que pode ser feita por um dermatologista ou Cirurgião Plástico
A biópsia é a etapa mais importante no diagnóstico, pois é através do estudo anátomo-patológico em um laboratório que temos o tipo histológico do tumor com suas variantes e seu grau de invasão.
O tratamento:
O tratamento é feito com a retirada cirúrgica do tumor, sendo que o critério de cura é o resultado da biópsia contendo margens cirúrgicas livres de tumor no local da cirurgia.
Há inúmeros tratamentos empregados desde a simples retirada do tumor local, até cirurgias mais específicas como a “Cirurgia Micrográfica de Mohs” que consiste na retirada do tumor com realização da biópsia de congelação da margem no intra-operatório.
Portanto, o mais importante é a prevenção do câncer de pele e seu tratamento precoce com um profissional capacitado como um Dermatologista ou Cirurgião Plástico. Os pacientes que tiveram câncer de pele necessitam de acompanhamento médico regular.
Diante do impacto da doença na população, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) está com a campanha Dezembro Laranja, para levar informação sobre a doença para toda a população.
Faça seu autoexame e procure um Dermatologista devidamente habilitado para uma avaliação.
Em Caratinga, no Hospital da UNEC, o CASU, há infra- estrutura para o diagnóstico de tratamento dessa doença.
Duvidas? [email protected]
Por, Hedelberto B. Gonçalves
Prof. da Faculdade de Medicina da UNEC e Médico no CASU.