Por Patrícia Nayara Estevam*
Olá, leitor!
Você que está lendo este artigo agora, acha que vegetarianismo e veganismo são assuntos recentes ou até mesmo da moda? Se sua resposta foi sim, sinto te dizer, mas você está enganado.
Isso porque muito antes dos hambúrgueres à base de soja surgirem nos supermercados, o filósofo grego Pitágoras já defendia uma alimentação sem carne no século VI a.C. e juntamente com seus seguidores acreditava que os animais tinham alma.
Essa causa também é defendida pelo maior campeão da história da Fórmula 1, Lewis Hamilton, que possui uma rede de fast food feitos à base de plantas em Londres e pelo fundador da Microsoft, Bill Gates, que é bem polêmico ao afirmar que “o mundo deve parar de comer carne em razão do aquecimento global”.
Não se pode negar que o vegetarianismo e o veganismo têm se popularizado, e esses modos de vida estão atraindo cada vez mais adeptos. No Brasil, por exemplo, há quase 30 milhões de vegetarianos, o que representa 14% da população, de acordo com dados divulgados pela Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB).
Mas afinal, qual a diferença entre vegetarianismo e veganismo?
O vegetarianismo prevê uma dieta sem carne, seja ela de boi, porco, frango, peixe ou qualquer outro animal. Ovos, leite e seus derivados podem sim ser consumidos e a classificação mais comumente usada para os tipos de vegetarianismo é a seguinte:
Ovolactovegetarianismo: que utiliza ovos, leite e seus derivados na alimentação.
Lactovegetarianismo: que utiliza leite e seus derivados na alimentação.
Ovovegetarianismo: que utiliza ovos na sua alimentação.
Existe também o vegetarianismo estrito, isto é, nada de origem animal vai para o prato. Já o veganismo, segundo definição da Sociedade Vegana, é um modo de viver que busca excluir, na medida do possível e praticável, todas as formas de exploração e crueldade contra os animais – seja na alimentação, no vestuário ou em outras esferas do consumo.
Falando de uma forma mais clara, além de não comer nada de origem animal, o vegano também não usa nenhum produto que tenha origem animal ou que tenha sido testado em animais. Nesse contexto entram os cosméticos testados em coelhos; roupas de lã, seda e couro; gelatina, mel de abelha e até produtos que usem corante feito a partir da cochonilha, um inseto.
Conforme afirma o guia alimentar para a população brasileira, embora o consumo de carnes ou de outros alimentos de origem animal, não seja absolutamente imprescindível para uma alimentação saudável, a restrição de qualquer alimento requer que se tenha maior atenção na escolha da combinação dos demais alimentos que farão parte da alimentação diária. Assim, quanto mais restrições, maior a necessidade de atenção e, eventualmente, do acompanhamento por um nutricionista.
Por fim, dar prioridade aos alimentos in natura ou minimamente processados e evitar ao máximo os alimentos ultraprocessados (como é preconizado pelo guia alimentar para a população brasileira) são dicas válidas para todos, incluindo os vegetarianos e veganos.
Bibliografia consultada:
– BRASIL, Guia alimentar para a população brasileira / ministério da saúde, secretaria de atenção à saúde, departamento de atenção Básica. – 2. ed. – Brasília: ministério da saúde, 2014.
– SLYWITCH, Eric. Guia alimentar de dietas vegetarianas para adultos. São Paulo: Sociedade Vegetariana Brasileira, 2012.