Sobre ocupação total de leitos de UTI Covid, prefeitura declara que não há desassistência

De acordo com executivo, pacientes podem ser internados em outros hospitais do Estado que tenham vagas

CARATINGA- Na última semana o Casu- Hospital Irmã Denise comunicou a ocupação de 100% de leitos UTI Adulto Covid, sendo 20 e outros quatro, que estavam como retaguarda e ainda não tinham sido habilitados pelo Ministério da Saúde, mas, precisaram ser acionados em caso de urgência.

Na quarta-feira (24), o Ministério Público, por meio do promotor Jorge Victor Cunha Barretto, realizou uma inspeção técnica no Casu e relatou uma situação preocupante. O promotor disse inclusive que todos os equipamentos de ventilação mecânica do hospital estão em uso por pacientes.

O Casu disse que recebeu oito respiradores de uma empresa de revenda de material hospitalar para testes, caso fossem aprovados seriam adquiridos pela Instituição. Porém, ao concluir os testes a equipe de Engenharia Clínica da unidade informou que nenhum dos equipamentos está apto para utilização. “A Direção do hospital prima pela qualidade de atendimento, e uma série de testes foram realizados para constatar que os equipamentos não atendem às necessidades atuais.  Portanto, a equipe técnica irá devolvê-los já que não é possível garantir a confiabilidade de uso necessária”, afirmou.

A equipe frisou que segue buscando a habilitação de novos leitos, e de fornecedores para aquisição de equipamentos para que seja possível a montagem de novas UTI’s e a expansão da capacidade de atendimento para Caratinga e região.

O DIÁRIO procurou a prefeitura para saber um posicionamento do executivo em relação a esta situação e se havia a possibilidade de equipar o Hospital Nossa Senhora Auxiliadora para ser mais um local de tratamento da covid-19 no município.

A prefeitura afirmou em nota que, para o enfrentamento do novo Coronavírus, a gestão dos leitos é realizada pelo Governo do Estado através do Sistema SUS Fácil. “Diante de uma necessidade de leito em qualquer cidade do Estado a demanda é lançada no sistema que busca o leito seguindo os critérios já parametrizados pelo mesmo, levando em conta a necessidade do paciente e a proximidade do domicílio. Uma vez esgotados os leitos dentro de uma micro ou macro região, a busca se dá em outras localidades. Sendo assim, na eventual ocupação de 100% dos leitos de UTI no município, os pacientes não ficam desassistidos, pois contam com a assistência de toda a rede hospitalar do Estado”.