DA REDAÇÃO – O julgamento meritório do Habeas Corpus do ex-prefeito de Caratinga, João Bosco Pessine Gonçalves acontece hoje. João Bosco e outras três pessoas foram detidas no dia 1° de junho de 2016, durante a realização da “Operação Império”.
Segundo as investigações, por meio de empresas “de fachada”, com sede no Estado do Espírito Santo, os envolvidos simulavam a instauração de procedimentos licitatórios cujo objetivo seria a suposta aquisição de títulos da dívida pública e contratação de assessoria tributária. Estima-se que o dano imposto ao município de Caratinga alcance hoje importância superior a 30 milhões de reais. Conforme o Ministério Público, o sucesso da empreitada criminosa somente se tornou possível em razão do envolvimento direto de servidores públicos municipais, que agindo em concurso criminoso com os representantes das empresas envolvidas, possibilitaram a simulação dos procedimentos licitatórios fraudulentos.
No dia 2 de julho, o desembargador Alexandre Victor de Carvalho determinou a transferência de João Bosco para prisão domiciliar após um mês de reclusão, onde ainda permanece. Os advogados de defesa do acusado pediram que ele fosse transferido para um presídio que tivesse cela especial – direito reservado a todo cidadão que tem diploma de curso superior, no entanto, não havia vagas.