Diretor-administrativo explicou a situação e disse que ela já foi contornada
CARATINGA – Brenda Poliana passou por momentos de aflição neste final de semana quando esteve na maternidade do Hospital Nossa Senhora Auxiliadora (HNSA) sentindo fortes dores e apresentando sangramento, porém não havia obstetra para atendê-la. Luciano Olinda da Silva, esposo de Brenda, contou que por volta das 12h30 de domingo (13) levou sua mulher à maternidade e não havia obstetra e ela foi atendida por uma médica que trabalha na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo).
Segundo Luciano, eles foram orientados a irem para Bom Jesus do Galho ou Ipatinga. Brenda foi para o Hospital Márcio Cunha, em Ipatinga, onde foi avaliada, sendo informada que ela ainda não estava em trabalho de parto. Luciano acrescentou que eles precisaram pagar um táxi que ficou por R$ 200 para ir até ao Vale do Aço. Ele contou que a ajuda veio de estranhos, aos quais ele agradece pelas doações, e que comovido pela situação, o taxista não cobrou a volta à Caratinga.
Segundo o marido de Brenda, não havia ambulância disponível. “Chegamos por volta das 20h30 de Ipatinga e recebemos uma ligação da maternidade de Caratinga para voltar e o médico afirmou que realmente não estava no momento”, afirmou Luciano.
Ontem pela manhã, Brenda voltou à maternidade com os mesmos sintomas e foi internada por volta das 11h.
RESPOSTA DA MATERNIDADE
O diretor-administrativo do Hospital Nossa Senhora Auxiliadora, Arthur Ferreira da Silva Júnior, atendeu a imprensa na tarde de ontem para explicar o que aconteceu com Brenda.
Segundo Arthur, na primeira vez que Brenda chegou à maternidade, realmente não havia obstetra, pois a que estava escalada teve um imprevisto. Foi então que a maternidade procurou por outro especialista e encontrou uma médica em Governador Valadares que levou três horas para chegar. Mesmo assim, conforme Arthur, a gestante não ficou sem atendimento. “A paciente foi encaminhada para enfermagem, que adotou procedimento padrão, uma clínica geral e uma pediatra deram atendimento inicial. No exame foi constatado que não era o momento do parto e foi orientada a aguardar ou a se preferisse, ir para uma unidade hospitalar mais próxima”, disse.
Arthur salientou que quando a direção do hospital ficou sabendo da impossibilidade da médica obstetra escalada estar presente, chamou vários outros, quase 20, que não puderam vir.
O diretor do hospital explicou ainda que caso houvesse emergências, as médicas presentes teriam que agir, pois são profissionais altamente qualificadas e ressaltou que o hospital tinha ambulância disponível. “Atualmente são oito obstetras atendendo a escala, domingo foi um imprevisto, mas entramos em contato com Ipatinga e se dispuseram a nos atender, mas a gestante, por influência do esposo e da mãe, achou por bem ir para o Hospital Márcio Cunha e preferiram ir de táxi, sendo que tínhamos duas ambulâncias. Chegando lá, ela foi examinada, e o diagnóstico foi o mesmo daqui. Recebeu alta e os médicos disseram que ela poderia voltar para Caratinga”.
Brenda foi internada ontem às 11h, pois a dilatação estava maior. Segundo Arthur, tanto ela, quanto a criança estavam bem, “aguardando o trabalho de parto de acordo com a evolução natural”.