Família reclama da falta de obstetra no HNSA

Arthur, diretor-administrativo do hospital, disse houve um imprevisto com a obstetra que estava escalada para domingo, mas afirmou que a gestante não ficou sem atendimento médico

IMG-20151213-WA0056Diretor-administrativo explicou a situação e disse que ela já foi contornada

CARATINGA – Brenda Poliana passou por momentos de aflição neste final de semana quando esteve na maternidade do Hospital Nossa Senhora Auxiliadora (HNSA) sentindo fortes dores e apresentando sangramento, porém não havia obstetra para atendê-la. Luciano Olinda da Silva, esposo de Brenda, contou que por volta das 12h30 de domingo (13) levou sua mulher à maternidade e não havia obstetra e ela foi atendida por uma médica que trabalha na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo).

Segundo Luciano, eles foram orientados a irem para Bom Jesus do Galho ou Ipatinga. Brenda foi para o Hospital Márcio Cunha, em Ipatinga, onde foi avaliada, sendo informada que ela ainda não estava em trabalho de parto. Luciano acrescentou que eles precisaram pagar um táxi que ficou por R$ 200 para ir até ao Vale do Aço. Ele contou que a ajuda veio de estranhos, aos quais ele agradece pelas doações, e que comovido pela situação, o taxista não cobrou a volta à Caratinga.

Esposo de Brenda disse que eles passaram por dificuldades por não encontrar obstetra na maternidade
Esposo de Brenda disse que eles passaram por dificuldades por não encontrar obstetra na maternidade

Segundo o marido de Brenda, não havia ambulância disponível.  “Chegamos por volta das 20h30 de Ipatinga e recebemos uma ligação da maternidade de Caratinga para voltar e o médico afirmou que realmente não estava no momento”, afirmou Luciano.

Ontem pela manhã, Brenda voltou à maternidade com os mesmos sintomas e foi internada por volta das 11h.

RESPOSTA DA MATERNIDADE

O diretor-administrativo do Hospital Nossa Senhora Auxiliadora, Arthur Ferreira da Silva Júnior, atendeu a imprensa na tarde de ontem para explicar o que aconteceu com Brenda.

Arthur, diretor-administrativo do hospital, disse houve um imprevisto com a obstetra que estava escalada para domingo, mas afirmou que a gestante não ficou sem atendimento médico
Arthur, diretor-administrativo do hospital, disse houve um imprevisto com a obstetra que estava escalada para domingo, mas afirmou que a gestante não ficou sem atendimento médico

Segundo Arthur, na primeira vez que Brenda chegou à maternidade, realmente não havia obstetra, pois a que estava escalada teve um imprevisto. Foi então que a maternidade procurou por outro especialista e encontrou uma médica em Governador Valadares que levou três horas para chegar. Mesmo assim, conforme Arthur, a gestante não ficou sem atendimento. “A paciente foi encaminhada para enfermagem, que adotou procedimento padrão, uma clínica geral e uma pediatra deram atendimento inicial. No exame foi constatado que não era o momento do parto e foi orientada a aguardar ou a se preferisse, ir para uma unidade hospitalar mais próxima”, disse.

Arthur salientou que quando a direção do hospital ficou sabendo da impossibilidade da médica obstetra escalada estar presente, chamou vários outros, quase 20, que não puderam vir.

O diretor do hospital explicou ainda que caso houvesse emergências, as médicas presentes teriam que agir, pois são profissionais altamente qualificadas e ressaltou que o hospital tinha ambulância disponível.  “Atualmente são oito obstetras atendendo a escala, domingo foi um imprevisto, mas entramos em contato com Ipatinga e se dispuseram a nos atender, mas a gestante, por influência do esposo e da mãe, achou por bem ir para o Hospital Márcio Cunha e preferiram ir de táxi, sendo que tínhamos duas ambulâncias. Chegando lá, ela foi examinada, e o diagnóstico foi o mesmo daqui. Recebeu alta e os médicos disseram que ela poderia voltar para Caratinga”.

Brenda foi internada ontem às 11h, pois a dilatação estava maior. Segundo Arthur, tanto ela, quanto a criança estavam bem, “aguardando o trabalho de parto de acordo com a evolução natural”.

 

 

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