Em meio a tantas as turbulências políticas e, também, na área econômica em que insistem testar diariamente a fé e a esperança de nós sobre um futuro melhor do nosso país. Podemos pinçar algumas notícias que alimentam a esperança de um futuro bom.
Recentemente foi estabelecido entre os Estados Unidos e o Brasil, um acordo para que os dois países possam juntos trabalhar para enfrentar os desafios colocados pelas alterações climáticas. Tal acordo é de fato uma vitória, pois a comunidade científica mundial deixou claro que a atividade humana já está mudando o sistema climático do mundo, causando sérios impactos, colocando números cada vez maiores de pessoas em risco, colocando desafios para o desenvolvimento sustentável, afetando particularmente as economias e sociedades mais pobres e mais vulneráveis, e que lesam ao redor do mundo, incluindo nos Estados Unidos e no Brasil.
Os EUA e o Brasil expressaram seu compromisso de trabalhar para resolver os obstáculos potenciais para um acordo ambicioso. Conscientes da meta de longo prazo de limitar o aumento da temperatura global a um máximo de 2 ° C acima dos níveis pré-industriais, eles concordaram que deve haver contribuições fortes determinados a nível nacional, a fim de promover uma maior ambição a longo prazo.
Desde 2005, o Brasil e os Estados Unidos têm reduzido as emissões de gases de efeito estufa. O Brasil reduziu suas emissões em cerca de 41% em relação a 2005, enquanto os Estados Unidos reduziram suas emissões em cerca de 10% e está a caminho de cumprir sua meta de 2020 estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Os Estados Unidos pretendem atingir um objetivo de reduzir as suas emissões de carbono entre 26% a 28% abaixo dos níveis de 2005. Brasil se comprometeu a apresentar uma contribuição a nível nacional que representaria seu maior esforço em relação à redução de emissões de carbono já desenvolvida. Esta que seria estabelecida através da implementação de políticas públicas amplas, incluindo os setores de silvicultura, de uso da terra, industriais e energéticos.
De forma utópica o Brasil comprometeu a intensificar na adoção de políticas destinadas a eliminar o desmatamento ilegal e restaurar e reflorestar 12 milhões de hectares até 2030. Inserido ainda nesta utopia, mas com um pequeno toque de realidade, o objetivo é de ampliar o uso de fontes de energia renováveis, o Brasil pretende que o seu alcance total de matriz energética, em 2030, uma quota de 28% para 33% a partir de fontes renováveis – solar e eólica – que são distintas da hidroelétrica.
Desta forma, reconhecendo a necessidade de gerir e reduzir os riscos associados aos impactos das alterações climáticas, como a seca que atinge muitas das cidades brasileiras e estadunidenses, bem como as oportunidades emergentes associados à gestão e reduzir estes riscos, os Estados Unidos e o Brasil trabalharão juntos, incluindo através troca de experiências de seus cientistas tornando-os colaboradores da adaptação nacional, para construir formas de adaptação aos impactos das mudanças climáticas em áreas como a biodiversidade e os ecossistemas; infraestrutura, incluindo energia; produção agrícola e segurança alimentar; e recursos hídricos.
Paulo Batista Araújo Filho é formado em Ciências Biológicas e Recursos Naturais pela UFES. Atualmente trabalha no renomado Lawrence Berkeley National Laboratory (LBNL), Berkeley – Califórnia/EUA