* MONIR ALI SAYGLI
“Quando ela por aqui apareceu, sua sigla era COMAG, homônima da Serralheria do senhor José Coutinho e seus filhos.
Com o passar do tempo, registrou-se como COPASA, nova sigla – prometendo novas realizações.
Até aqui lembramos apenas um pouco da história de uma empresa de grandes proporções, mas que deixa muito a desejar nas suas realizações.
O negócio não é só fazer o buraco, espalhar os poucos canos pelas ruas, em demagógica afronta à paciência do povo. Deveria, isto sim, é furar, ligar os canos, tampar o buraco e repor o asfalto do local em que se fez o serviço, evitando a deprimente aparência de cidade sem mando.
Até agora, a COPASA não disse a que veio. Chegou, recebeu tudo “de mão beijada” e passou a arrecadar, fora os 700 mil de subvenção paga pelo Município. E notem bem: a arrecadar. São muitos os anos em que ocupa o espaço, com um superdesorganizado serviço de rua, de nada adiantando a reclamação do contribuinte – seu mantenedor.
Como se não bastasse, a Prefeitura concede-lhe o poder de assumir também a rede de esgoto, mais uma fonte de renda para quem pouco se importa com o bom resultado e com a perfeição de seu trabalho.
E com que entrou a COPASA? Foi como o caso do moço pobre, interesseiro, que se casou com a moça muito rica. Esse entrou apenas com o . . .
E o que gostaríamos de saber?
Muito embora tenha bons funcionários, alguns até muito delicados no tratamento com o próximo, a empresa não tem um setor para atendimento à altura da demanda e está sempre adiando para amanhã a solução do seu caso.
Outro dia, na subida do morro da Rua Professor Olinto, estourei um pneu de meu carro e perdi a roda dianteira direita – por afundamento em espaço “consertado” pela COPASA.
Ora, ganhar uma estação de tratamento de água prontinha – obra de sacrifício do governo Milton Chagas (TIM) e do Deputado Federal Dr. Guilhermino de Oliveira, com a execução do serviço a cargo do grande engenheiro Dr. Delmiro Alvim Machado -, e não dar alguma contrapartida, é um abuso intolerável. Paciência tem limite. Enche os cofres de dinheiro, mas não enche as caixas d’água. Urge, pois, uma explicação, uma solução.
Quando é que dirá ao público que já foram iniciados os serviços de uma represa? Quando é que dirá que está presente aqui em Caratinga? E os seus planos de trabalho? A CEMIG já disse presente. E a transposição do Rio Preto, vai acontecer mesmo, dona COPASA?
Se alguma coisa do que pergunto ou que critico construtivamente estiver em andamento, peço desculpas e que desconsidere as minhas palavras, que são as palavras que o povo grita pelas ruas da cidade, especialmente nos bairros dos pontos mais altos. Sei que foi iniciado um serviço de construção de rede de esgoto ao longo de um pedaço do Rio São João, para manter limpa a água e evitar o desagradável cheiro das descargas caseiras, mas sei, também, que não foi concluída a obra.
Os filhos de Caratinga pedem uma solução imediata.
*MONIR ALI SAYGLI – Professor do Centro Universitário de Caratinga e Assessor Jurídico da FUNEC