Dirceu Lopes vem aí!
Uma das atitudes que mais admiro, são aquelas que tem como objetivo valorizar a história e reverenciar ídolos. Por isso, meus parabéns a TOCCA (Torcida Organizada do Cruzeiro de Caratinga). Dia 20 deste mês, torcedores cruzeirenses irão receber o eterno ídolo Dirceu Lopes para uma tarde de autógrafos no clube AABB, no Bairro das Graças, próximo a CEASA. Uma belíssima oportunidade para às novas gerações de torcedores Celestes, conhecerem de perto, aquele que para muitos, é o maior craque da história da Raposa.
O Príncipe injustiçado
Foram nove títulos estaduais, a grande conquista da Taça Brasil diante do Santos de Pelé e a primeira Libertadores da história do Cruzeiro, em 1976. Foi artilheiro de duas edições do campeonato mineiro (1966 e 1969), além de ter três Bolas de Prata (1970, 1971 e 1973) e também uma Bola de Ouro (1971) da revista Placar. Com a camisa do Cruzeiro, Dirceu Lopes disputou 610 jogos e marcou 223 gols, é o segundo maior artilheiro da história do clube.
O apelido de príncipe era exatamente porque para muitos, Dirceu Lopes era o substituto do Rei Pelé. Porém, sofreu uma das maiores injustiças da história do futebol. Embora não fosse titular na seleção brasileira de 70, comandada por João Saldanha, era jogador de confiança, tático, considerado imprescindível para o treinador. Entretanto, com a interferência da Ditadura Militar, demitindo João Saldanha e chamando Zagallo para o lugar, Dirceu foi cortado para dar lugar a Dadá Maravilha, ídolo do ditador General Emílio Garrastazu Médici. Dario foi levado para a Copa do México, no lugar de Dirceu, mas, não entrou em nenhum dos jogos da Copa. Na seleção brasileira, Dirceu jogou 19 partidas e marcou 4 gols. Baixinho (1,63m), habilidoso e goleador, Dirceu driblava, lançava e chutava com ambas as pernas.
Galo Campeão!
O Cruzeiro foi valente nos dois jogos da decisão do Campeonato Mineiro. Jogou até bem dentro de suas limitações. Mas, não tem como negar que atualmente existe uma disparidade técnica considerável entre os dois elencos. O melhor jogador cruzeirense é o camisa dez Mateus Pereira. Convenhamos, não teria lugar no elenco atleticano. Portanto, venceu quem tem os melhores jogadores.
Rogério Silva
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