CARATINGA – Em busca da criação da brigada voluntária de combate a incêndios no âmbito da Bacia Hidrográfica do Caratinga, o Casarão das Artes recebeu na manhã de ontem, palestra com profissionais da Brigada 1, de Belo Horizonte, entidade civil, que tem ampla experiência nestas ações desde 2001.
A mobilização é realizada por representantes do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Caratinga e da ONG Preserve Muriqui. O vice-presidente do CBH Caratinga, Wilson Acácio, explica como surgiu a necessidade de criação desta brigada. “Em função das queimadas que houve na região. Vimos a dificuldade que os bombeiro tem para atender a esta demanda. Fizemos uma reunião preparatória e agora estamos dando continuidade. Estamos trazendo a Brigada 1 de Belo Horizonte, que é credenciada pelo estado para fazer este tipo de treinamento. Caso criada, esta brigada atenderá não somente as demandas de Caratinga no período de seca, mas também os municípios do entorno da bacia do Rio Caratinga”.
Wilson destaca que após toda esta parte teórica é hora de partir para a prática. “Estamos entusiasmados com a possibilidade da criação desta brigada. Agora vamos para a ação. É um processo lento, mas a gente espera que com esse subsídio e com a presença desses parceiros, acreditamos que até meados desse ano já tenhamos criado a brigada”.
O evento ainda contou com a presença da Polícia Militar Ambiental. De acordo com o sargento Gleyson Simplício, a criação desta brigada auxiliará nos trabalhos. “Para Caratinga é muito importante. Temos notado ao aumento dos incêndios e esse reforço é muito importante. Eles vão ter equipamento e treinamento para conter esses incêndios. Contarão com apoio dos bombeiros e vamos conseguir conter esses incêndios o mais rápido possível. A Polícia continuará fiscalizando e autuando, mas nós não temos os aparelhos e treinamentos para apagar o incêndio. A gente registra e identifica, às vezes a
população confunde”.
Cláudia Márcia Oliveira, vice-presidente da ONG Brigada 1 falou sobre as orientações que foram repassadas durante a palestra. Ela também está bastante otimista em relação ao movimento realizado em Caratinga. “Estamos em Caratinga para tentar fazer com que esse braço não só da Brigada 1, mas do voluntariado cresça aqui na bacia. Hoje infelizmente o brasileiro ainda não tem muito essa conscientização do ser voluntário. Mas, todo mundo pode fazer alguma coisa. Para conseguir recurso é preciso projeto, tem que convencer, porque equipamento e incêndio florestal é caro. Tem que fundamentar”.