Grupos tinham a função de informar aos condutores onde estava acontecendo blitz de trânsito
CARATINGA – Foi preso na noite desta quarta-feira (6) Vitor Júnior Assis Moreira, 20 anos. O jovem foi localizado na rua Generoso Cevidanes, no bairro Santa Cruz. Conforme a Polícia Militar, Vitor administrava grupos de WhatsApp que tinham o objetivo de monitorar a localização e ações da PM e da Polícia Rodoviária Federal, informando o posicionamento das viaturas.

De acordo com tenente Jefferson, o jovem atentou contra os serviços prestados pela Polícia Militar. O oficial disse que Vitor, favoreceu infratores através das informações postadas nesses grupos. “Essas pessoas tomavam conhecimento dos locais onde estavam concentradas as viaturas policiais ou onde estavam ocorrendo determinadas operações e, certamente, encorajava estes infratores a atuarem e locais diversos”, observou o tenente.
O oficial explicou que Vitor cometeu crime capitulado no artigo 265 do Código Penal, que é atentar contra o serviço de utilidade pública. Este crime tem pena prevista de um a cinco anos de prisão, além de multa.
Sobre quem participa desse tipo de grupo, tenente Jefferson deixou um alerta. “Os membros que estejam, de alguma forma, contribuindo para a inserção de informações no grupo, ou que a gente entende que, de alguma forma, estejam sendo beneficiados ou que utilizem destas informações para práticas delituosas, podem ser responsabilizados sim. Conforme eu disse, o Serviço de Inteligência e todos os policiais militares já estão atentos a esta situação e, certamente, nós iremos detectar, em breve, outros indivíduos que estão incorrendo em práticas semelhantes, e adotaremos as providências em relação a estas pessoas também”.
O suspeito foi detido e levado para delegacia de Polícia Civil. Vitor falou com a imprensa e alegou que não foi ele quem criou os grupos. Ele disse ainda que chegou a ser excluído devido a uma discussão, mas depois foi reintegrado. “Eu já compartilhei o que eles mandavam pra mim, mas não tem eu falando lá, eu avisando. Estou arrependido demais de ter entrado neste grupo”, disse o suspeito.