Medidas buscam evitar falta de estoque do produto após enchente no Rio Grande do Sul
CARATINGA- Os supermercados de Caratinga já estão limitando a compra de arroz por cliente, após a tragédia no Rio Grande do Sul.
De acordo com os supermercados, a intenção é garantir o acesso do produto para toda a população, considerando que em situações como essa, a tendência é de que as pessoas procurem os supermercados para compras descontroladas, estocando produtos em casa. A reportagem esteve em seis supermercados da cidade e acompanhou a grande quantidade de clientes priorizando a compra do arroz, temendo o desabastecimento.
O Rio Grande do Sul é um grande produtor de arroz, respondendo por 70% da produção do país. A preocupação é de que perdas na lavoura, em armazéns alagados e, principalmente, a dificuldade logística para escoar o produto, com rodovias interditadas, possam criar uma situação de desabastecimento, elevando os preços no comércio.
No Irmão Supermercados, o estoque foi limitado a 5 unidades por cliente. De acordo com o gestor Alex Nunes, a intenção é que o consumidor compre o produtor com consciência e que não há motivo para pânico. “Infelizmente, com essa catástrofe no Rio Grande do Sul e como o estoque é todo lá, as pessoas daqui estão com muito medo de faltar o arroz. Não tem uma expectativa de falta, há a expectativa da dificuldade de fazer uma reposição de estoque, porque todo mundo está correndo para o supermercado agora para fazer compra, estoque em casa, correndo o risco muito grande de fazer um estoque alto e daqui a pouco entra a época do frio. Então, fazer estoque muito alto não é uma boa alternativa. Tem pessoas querendo comprar muito mais do que necessita. Temos estoque regulador da empresa. E se começar a ter uma demanda muito grande assim, a perspectiva é o que preço suba muito, porque se todo mundo tirar o arroz do mercado, como vamos fazer? Ainda não temos uma previsão exata da falta, temos carros carregando, pra não deixar faltar”.
Alex frisa que não há previsão de falta do arroz e que medidas estão sendo adotadas. “A ideia do limite é conter essa ansiedade que o público tem de que vai faltar o arroz dentro de casa. Já temos notícia do Governo Federal, que também está tomando a iniciativa de importar, para que não falte. A população tem que tranquilizar, vamos fazer todo esforço para manter nossa prateleira com o estoque, mas, se começar a ter dificuldade de fazer reposição o preço sobe”.
Para evitar uma possível escalada no preço arroz, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) disse que pretende comprar o produto já industrializado e empacotado no mercado internacional.
Confira a situação nos supermercados visitados pelo DIÁRIO:
Mart Minas
1 fardo por cliente
Soares Supermercados
6 unidades por cliente
Coelho Diniz
6 unidades por cliente
Irmão Supermercados
5 unidades por cliente
Mineirão Atacarejo
12 unidades por cliente